Aprovado no Programa Ciência na Escola (PCE), o projeto da professora Luciene dos Santos Ferreira, 31, visa incentivar as meninas a seguirem profissões nas áreas de ciências exatas. Com o tema ‘Mulheres na ciência: conhecer para se inspirar’, o projeto está sendo desenvolvido na Escola Estadual de Tempo Integral Garcitylzo do Lago e Silva, na comunidade Parque Riachuelo, zona oeste de Manaus.
Com o PCE, o governador Wilson Lima liberou R$ 5 milhões para apoiar um volume recorde de projetos feitos por professores e alunos do estado, em 2022. O programa é da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (PCE) e está apoiando 974 projetos que, juntos, englobam 3.896 bolsas que destinadas a professores e alunos engajados no fazer científico.
Dos 974 projetos aprovados no PCE, este ano, 840 são de professores e alunos de escolas da rede estadual de educação.
Com enfoque nas mulheres na ciência, o projeto da professora Luciene terá aulas quinzenais com as estudantes, com o objetivo de mostrar a presença e o papel da mulher na ciência e incentivar as estudantes a seguirem nas carreiras, com enfoque na área de exatas, além de desmitificar a ideia de que somente os homens podem ser reconhecidos na ciência.
“A Fapeam traz uma iniciativa que não vemos em outros estados, incentivando a inserção de meninas em projetos de iniciação científica. Eu, enquanto educadora, vejo um grande potencial nos alunos, principalmente nas meninas, na busca por essa igualdade no ambiente de trabalho”, pontuou Luciena.
Com o intuito de incentivar outras alunas na carreira cientifica, a educadora reforça a importância de instituições fomentarem à pesquisa. “Esse apoio é fundamental para que possamos ofertar possibilidades para que essas alunas do ensino básico tenham visibilidade na produção científica”, completou.
De forma remota, a professora realizou a seleção das bolsistas Denise Valeska Souza da Costa, 16, Drielly Vitoria Soares Castro, 16, e Iara Jailli da Silva Teixeira, 17, do 2º ano do Ensino Médio. A seleção focou no desempenho escolar das estudantes, que recebem uma bolsa de estudos no valor de R$ 200 por mês, durante os seis meses de projeto.
“O projeto está sendo muito válido, pois geralmente não somos incentivadas a gostar de ciência. E ela (ciência) está em praticamente todos os lugares. Por exemplo, na minha casa, a minha avó sempre faz sabão caseiro, eu fico muito impressionada com a química que ela produz, ou seja, esse primeiro contato com a ciência veio, através, da minha avó”, destacou a estudante Denise.