Uma imersão no período áureo da borracha é vivenciada por visitantes do Museu do Seringal Vila Paraíso, no afluente Tarumã-Mirim, em Manaus. Neste ano, o local administrado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, completa 20 anos com uma novidade: a visitação aos domingos, das 9h às 15h.
De segunda a sábado, o horário de funcionamento é das 9h às 16h, à exceção das quartas-feiras, quando o local fica fechado para manutenção.
O espaço passou a ser administrado pela Secretaria de Cultura no dia 16 de agosto de 2002 e se tornou um roteiro turístico obrigatório no Amazonas. No museu, o visitante pode mergulhar na história do período áureo da borracha na Amazônia e conhecer sobre a natureza local e as espécies nativas durante a visita, que tem duração de uma hora.
“Nosso desejo é que mais pessoas conheçam a história viva presente no Museu do Seringal, por isso nessa comemoração dos 20 anos, abrimos mais um dia de visitação. É um teletransporte para esse momento tão importante da história não só do Amazonas, do Brasil e do mundo. Um museu banhado pela floresta amazônica numa paisagem de tirar o fôlego”, diz o secretário em exercício da pasta, Candido Jeremias.
Instalações
Os costumes vividos no fim do século 18 e início do século 19 estão presentes na Casa do Seringalista, uma das instalações do espaço. O museu, localizado no igarapé São João, reproduz o cenário do seringal Vila Paraíso, montado para o filme “A Selva”, gravado em 2001, com a participação de Maitê Proença, Gracindo Júnior, Cláudio Marzo, Roberto Bonfim e o ator português Diogo Morgado como protagonista.
Ainda é possível encontrar reproduções de algumas instalações da época: barracão de aviamentos, capela de Nossa Senhora da Conceição, casa de banho, trilha das seringueiras, tapiri de defumação, casa do seringueiro e do capataz, além do cemitério e a casa de farinha.
No local estão móveis e utensílios que testemunham a riqueza dos seringais no auge da valorização econômica da borracha. Durante a visita, Manoel Souza compartilha a experiência de seringueiro, em mais de 30 anos de atividade vivida no seringal. Conhecido como Jaime, ele é a história viva do Museu e também conta a trajetória do pai e do avô no seringal.
“Esse museu representa a minha vida, porque a minha vida foi essa. Fui seringueiro muitos anos, trabalhei no meio da mata, então esse museu representa a minha vida”, relembra ele.
Como chegar
O acesso ao Museu é feito por meio fluvial. O visitante inicia a viagem na Marina do Davi, na estrada da Ponta Negra. Algumas linhas de ônibus do transporte público passam pelo local, como 120, 450, 542, 641.
Ao chegar na marina, é necessário embarcar em uma das lanchas da Cooperativa dos Profissionais de Transporte Fluvial da Marina do Davi (Acamdaf), que faz o transporte dos visitantes até o local. O preço total por pessoa é de R$ 21, a cada trecho. Horários de saída têm intervalos médios de uma hora, mas atenção: ao lotar, a embarcação deixará a marina em direção ao Museu.
Horários de saída das lanchas Acamdaf para o Museu do Seringal
Segunda-feira (das 8h às 15h)
8h, 9h, 10h, 11h, 12h, 13h, 14h e 15h
Terça-feira (das 8h às 15h)
8h, 9h, 10h, 11h, 12h, 13h, 14h e 15h
Quarta-feira (Museu fechado para manutenção)
Quinta-feira (das 8h às 15h)
8h, 9h, 10h, 11h, 12h, 13h, 14h e 15h
Sexta-feira (das 8h às 15h)
8h, 9h, 10h, 11h, 12h, 13h, 14h e 15h
Sábado (das 8h às 15h)
8h, 9h, 10h, 11h, 12h, 13h, 14h e 15h
Domingo (das 8h às 13h30)
8h, 9h, 10h, 11h, 12h, 13h, 13h30
Obs.: Horários de saída com intervalos de 1h (uma hora) ou ao lotar a embarcação
FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa