O Governo do Amazonas está finalizando as obras do Parque das Araras, no bairro Praça 14 de Janeiro, zona sul de Manaus. A Unidade Gestora de Projetos Especiais do Governo do Amazonas (UGPE), responsável pela obra, realiza no local os trabalhos de paisagismo, de preparação da trilha de caminhada e de aplicação de arte em grafite.
O novo parque do Programa Social e Ambiental de Manaus e do Interior (Prosamin+) compreende 15 mil metros quadrados (m²), estendendo-se entre as avenidas Leonardo Malcher e Tarumã, na zona sul, conforme explica o coordenador executivo da UGPE, engenheiro civil Marcellus Campêlo.
O trabalho de paisagismo, segundo ele, inclui o plantio de 2.186 unidades de plantas ornamentais, 7.489,67m² de área verde (gramado) e o plantio de 42 árvores. O parque terá, portanto, um total de 59 árvores, entre as recém-plantadas e as que já existiam antes da obra.
Foram mantidas 17 árvores, dentre as quais um apuizeiro (Ficus trigona), que tem quase 25 anos, reduto de pelo menos dois casais de araras que costumam visitá-la nas manhãs ou nos finais de tarde. Sob as copas das árvores sustentadas por exuberantes raízes expostas haverá uma aconchegante trilha de caminhada, assim como um portal de entrada.
O nome Parque das Araras é uma homenagem às aves, conforme explica Marcellus Campêlo. “Essa relação das árvores com as araras e com o parque simboliza bem a essência do Prosamin+, por isso foi feito todo um esforço de engenharia para mantê-las. O verde é necessidade básica de uma cidade, é também importante para a fauna, formando um ciclo perfeito, e poder ter tudo isso em pleno Centro de Manaus é algo especial”, observa Marcellus.
O subcoordenador ambiental da UGPE, Otacílio Cardoso, também destaca o papel importante das árvores na concepção do novo parque. “O verde é vida. Com isso, temos um espaço melhor, proporcionando uma melhor qualidade de vida, ar mais puro e um local de convivência para ser usufruído pelas pessoas que vivem ali”, afirmou Cardoso. Arte em grafiteOutro importante atrativo do parque é a arte em grafite, que já começou a emoldurar os muros. As imagens retratam a temática regional no contexto ambiental, com animais da fauna amazônica, como as araras e outras aves. Símbolo da cidade ameaçado de extinção, o sauim-de-Manaus também está retratado nos muros do parque. Também estão contemplados no projeto do Parque das Araras equipamentos, como quadra de esporte, playground, academia ao ar livre, mesas de jogos de damas e xadrez. Os equipamentos são inclusivos, para também atender pessoas com deficiência, e integram a última etapa da obra, juntamente com a pintura das casas ao redor do parque, que ganharão multicores.
Obras complementares
O Parque das Araras integra um conjunto de intervenções complementares que estão sendo feitas no leito do Igarapé do Mestre Chico, obras que deveriam ter sido executadas por gestões passadas, já que a etapa do programa que incluiu o Igarapé do Mestre Chico se encerrou em 2013. “O governador Wilson Lima autorizou e nós conseguimos aprovar junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) recurso para fazer os reassentamentos que faltavam e concluir o serviço”, ressalta Marcellus. Da área, foram reassentadas 175 famílias, o equivalente a 875 pessoas, que moravam em condições insalubres dentro do igarapé, convivendo com alagação e risco de doenças. No local, também são realizadas obras de macro e microdrenagem e implantação de mais de 995 metros de novas redes de esgoto sanitário.
FOTOS: Tiago Corrêa/UGPE