O arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, 74 anos, foi incluído pela agência de notícias Reuters na lista de cardeais cotados para suceder o Papa Francisco, que faleceu no dia 21 de abril. A notícia de grande repercussão para a Igreja Católica no Brasil e, em especial, para a região amazônica, foi divulgada nesta sexta-feira (2).
O processo de escolha do novo pontífice, conhecido como Conclave, será realizado a partir do dia 7 de maio, no Vaticano, reunindo os cardeais do Colégio Cardinalício.
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Nomeado pelo Papa Francisco como o primeiro cardeal da Amazônia em 2022, Dom Leonardo tem se destacado pela defesa de causas como a proteção ambiental, o diálogo inter-religioso e o cuidado com os povos originários da floresta. Nascido em Forquilhinha (SC), ele foi nomeado bispo por João Paulo II em 2005 e atuou como secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Também foi bispo auxiliar de Brasília, nomeado por Bento XVI, e atualmente exerce papel de destaque na Igreja latino-americana.
Além de Dom Leonardo, outros dois brasileiros aparecem entre os “papáveis”: Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, e Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador. A presença de três cardeais brasileiros entre os cotados para o papado reflete a força e a importância da Igreja na América Latina, região com o maior número de católicos do mundo.
O novo Papa deverá dar continuidade ao legado de Francisco, que foi marcado por uma visão pastoral voltada às periferias, à justiça social e ao meio ambiente. Caso Dom Leonardo Steiner seja eleito, será o primeiro Papa vindo da Amazônia, o que representaria um marco inédito na história da Igreja Católica.