Um menino de nove anos salvou a vida de sua irmã de um ano após ela se engasgar enquanto comia na noite de domingo (27/04), no bairro Novo Aleixo, zona Norte de Manaus. Benjamin Noah faz parte do Programa Educacional Bombeiro Mirim (Proebom), do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM).
A mãe de Benjamin, a contadora Luciane Dantas, de 30 anos, conta que o susto ocorreu durante o jantar da família e se emocionou com a atitude do filho, que salvou a irmã aplicando um procedimento que ela própria desconhecia. “Ele foi nas costinhas dela, fez a manobra e, na hora, ela colocou o pedaço da batata para fora. Deu super certo, porque eu já estava preocupada; já tinha batido várias vezes e não saía”, relatou Luciane, que também é mãe de Catharina de Souza, de 4 anos.
De acordo com o empresário Felipe Araújo, 31, pai do bombeiro mirim, a família ficou surpresa com a tranquilidade do menino para realizar o procedimento. “De fato, ele estava preparado, não ficou nervoso, muito pelo contrário. Ele teve essa iniciativa e conseguiu fazer com que a irmã retornasse. Foi um alívio e uma felicidade ao mesmo tempo saber que o nosso filho mais velho, em um momento de dificuldade, teve essa atitude”, disse o pai.
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O Programa Bombeiro Mirim tem como objetivo contribuir para a formação cidadã e crítica-transformadora de crianças e adolescentes, na faixa etária de 8 a 13 anos.
Entre 2022 e 2024, mais de 3 mil alunos participaram do programa, que foi reestruturado e incorporado como ação institucional para execução em todas as unidades operacionais do CBMAM. O planejamento prevê aulas às segundas, quartas e sextas-feiras, com carga horária total de 288 horas, ao longo de oito meses.
Benjamin é aluno da unidade do Bombeiro Mirim desenvolvida no Batalhão de Incêndio Florestal e Meio Ambiente (BIFMA) e utilizou a técnica chamada manobra de Heimlich, que aprendeu na disciplina Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE).
Instrutora do Bombeiro Mirim há três anos, a militar Hanna Lopes contou que o caso é resultado do trabalho de toda a equipe do projeto. “É uma sensação de dever cumprido, porque ele conseguiu absorver todo o conhecimento que ministrei e atuou em casa. Ele salvou a vida da irmã. É gratificante passar esse conhecimento e ver que estão absorvendo”, afirmou a instrutora.