A Justiça do Amazonas negou novamente o pedido de prisão preventiva da médica Juliana Brasil Santos e da técnica de enfermagem Raíza Bentes, investigadas no inquérito que apura a morte de Benício Xavier, de 6 anos, em Manaus. A decisão foi tomada nesta terça-feira (23), data que marcou um mês desde o falecimento da criança.
O novo pedido de prisão foi apresentado pela Polícia Civil do Amazonas durante o plantão judiciário do último domingo (21). A solicitação foi analisada pelo juiz plantonista Luiz Carlos Valoá, que optou por manter as investigadas em liberdade. Segundo a Polícia Civil, a prisão preventiva seria necessária para garantir a ordem pública e evitar eventuais prejuízos às investigações em andamento.
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De acordo com as informações reunidas no inquérito policial, Benício deu entrada no Hospital Santa Júlia com suspeita de faringite. Durante o atendimento médico, teria sido prescrita a aplicação de adrenalina por via intravenosa, procedimento que foi realizado pela técnica de enfermagem. A Polícia Civil investiga se a administração do medicamento teve relação direta com a morte da criança e classifica o caso, até o momento, como homicídio.
Na decisão, o magistrado considerou que as medidas cautelares anteriormente impostas continuam suficientes. Entre as determinações estão a suspensão do exercício das atividades profissionais da médica e da técnica de enfermagem, a obrigação de comparecimento periódico à Justiça, restrições de deslocamento e a proibição de contato com familiares da vítima e com testemunhas.
A Polícia Civil informou que as investigações continuam, com a coleta de depoimentos e análise de laudos técnicos. O inquérito segue em andamento até a conclusão dos procedimentos necessários para definição das responsabilidades no caso.


