Os Correios anunciaram nesta segunda-feira (29) um plano de reestruturação que inclui o fechamento de cerca de mil agĂȘncias prĂłprias e a redução de 15 mil funcionĂĄrios por meio de dois programas de demissĂŁo voluntĂĄria atĂ© 2027. A estatal tambĂ©m estuda alterar seu regime societĂĄrio, podendo se tornar uma empresa de economia mista, com participação de capital privado.
Segundo o presidente Emmanoel Rondon, a companhia aguarda propostas de consultoria contratada sobre mudanças na estrutura e possĂveis parcerias societĂĄrias. Ele destacou que ainda nĂŁo hĂĄ definição sobre o formato dessas alteraçÔes, mas que o objetivo Ă© adequar a estatal Ă s exigĂȘncias do setor de logĂstica, que demanda maior flexibilidade e uso de tecnologia.
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Para equilibrar as contas, os Correios tomaram um emprĂ©stimo de R$ 12 bilhĂ”es junto a cinco bancos, sendo R$ 10 bilhĂ”es liberados ainda em 2025 e R$ 2 bilhĂ”es previstos para janeiro de 2026, com trĂȘs anos de carĂȘncia. A empresa tambĂ©m busca captar mais R$ 8 bilhĂ”es, por meio de novos emprĂ©stimos ou aportes do Tesouro Nacional.
Os dĂ©ficits da estatal persistem desde 2022, com prejuĂzo de R$ 6 bilhĂ”es nos primeiros nove meses de 2025 e patrimĂŽnio lĂquido negativo de R$ 10,4 bilhĂ”es. A redução de correspondĂȘncias fĂsicas e o aumento da concorrĂȘncia no comĂ©rcio eletrĂŽnico sĂŁo apontados como fatores que impactam a receita da empresa.


