O estado do Amazonas contabilizou 854 falhas na assistência à saúde envolvendo crianças de 0 a 11 anos entre 1º de janeiro e 14 de dezembro de 2025. Os dados constam em notificações encaminhadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por serviços de saúde públicos e privados e foram compilados pela Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP).
No mesmo período, foram registrados 459.746 eventos adversos e falhas na assistência à saúde em todo o Brasil, considerando todas as faixas etárias. Desse total, 47.853 ocorrências envolveram crianças de 0 a 11 anos. Em 2024, o número de registros nessa faixa etária foi de 43.944, segundo a mesma base de dados.
As notificações são apresentadas em números absolutos e não correspondem a taxas padronizadas por população. As faixas etárias consideradas na análise incluem recém-nascidos com menos de 28 dias, crianças de 29 dias a 1 ano, de 2 a 4 anos e de 5 a 11 anos. De acordo com a SOBRASP, há possibilidade de subnotificação, o que significa que os números podem ser maiores do que os registrados oficialmente.
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Entre os eventos adversos envolvendo crianças, os registros indicam ocorrências relacionadas a falhas de comunicação entre profissionais de saúde e familiares, além de situações associadas ao acompanhamento do cuidado. As notificações incluem episódios como lesões por pressão, quedas e administração incorreta de medicamentos durante a assistência hospitalar.
A SOBRASP destaca que os dados estão alinhados às diretrizes do Plano Global de Segurança do Paciente 2021–2030, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O plano estabelece a participação de pacientes e familiares como um dos eixos para a melhoria da segurança nos serviços de saúde, prevendo maior transparência, acesso à informação e envolvimento no processo de cuidado, especialmente em atendimentos voltados a crianças e adolescentes.


