Na última reunião ministerial de 2025, realizada nesta quarta-feira (17/12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um amplo balanço das ações do Governo do Brasil ao longo de dois anos e 11 meses de gestão, destacando avanços econômicos, sociais e institucionais.
Segundo o presidente, o país vive um momento único em sua história recente. “Eu acho que nós estamos vivendo, do ponto de vista econômico, do financiamento dos nossos bancos, do crescimento da nossa indústria, do ponto de vista do crescimento da agricultura, um momento quase que ímpar na história desse país”, destacou Lula.
“Estamos vivendo, do ponto de vista econômico, do financiamento dos nossos bancos, do crescimento da nossa indústria, do ponto de vista do crescimento da agricultura, um momento quase que ímpar na história desse país”, disse Lula.
O presidente explicou que a reunião teve como objetivo apresentar, de forma consolidada, os principais resultados alcançados pelo governo. As exposições ficaram a cargo do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin; do ministro da Casa Civil, Rui Costa; do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira; e da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
“Essa reunião de hoje é para que todos vocês tenham um quadro real do que aconteceu nesses três anos, possivelmente nem cada um de nós individualmente saiba a grandeza do que foi feito”, disse.
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Segundo Lula, políticas públicas voltadas à inclusão social, que garantem direitos básicos e ampliam o acesso da população à alimentação, à cultura e à cidadania foram fortalecidas nos últimos anos. “A verdade nua e crua é que nós acabamos com a invisibilidade do povo pobre deste país, nós acabamos com a invisibilidade de um povo que só era reconhecido em época de eleição”, evidenciou Lula.
O presidente também usou como exemplo o recorde em investimento no setor de Cultura e na alimentação. “Hoje as pessoas estão tendo o direito de comer três vezes ao dia, de ir ao cinema, porque também nunca se investiu tanto em Cultura como se investiu nesses três anos, num país em que não existia mais Ministério da Cultura”, exemplificou.
A ampliação da renda e da circulação de recursos na economia, de acordo com o presidente, é um dos pilares da estratégia do governo para o desenvolvimento do país. “Se tiver dinheiro na mão do povo, está resolvido o problema da industrialização, do consumo, da agricultura, da inflação. O que nós vamos demonstrar de lição ao povo brasileiro é que, na hora que a gente consegue fazer com que o dinheiro circule na mão de todos, está resolvido parte do trauma desse país”, registrou Lula.
“A verdade nua e crua é que nós acabamos com a invisibilidade do povo pobre deste país, nós acabamos com a invisibilidade de um povo que só era reconhecido em época de eleição”, disse.
Lula destaca economia e investimentos
Em seu discurso, Lula destacou o desempenho da economia e o papel estratégico dos bancos públicos no estímulo ao desenvolvimento. Segundo ele, há décadas instituições como BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Basa e BNB não apresentavam a capacidade de investimento registrada no atual governo.
“Se a gente for analisar o que os bancos públicos brasileiros fizeram, a gente vai perceber que há décadas os bancos não faziam a capacidade de investimento que estão fazendo agora”, destacou.
O presidente também ressaltou a aprovação de medidas consideradas estruturantes, como a reforma tributária e mudanças no Imposto de Renda. “Tudo aquilo que, teoricamente, os analistas políticos achavam impossível acontecer num governo que tinha menos de 120 deputados, numa Câmara de 513, aconteceu. Aconteceu pela persistência de cada um de vocês, pela capacidade de conversa que vocês tiveram, pela capacidade de argumentação”, disse Lula aos ministros.
“Se a gente acreditar no poder do argumento, no poder da palavra, a gente evita muita confusão na vida dos países e assim nós conseguimos terminar o ano numa situação amplamente favorável”, complementou.
Para o presidente, é fundamental estimular a transparência e a prestação de contas à sociedade. Lula ressaltou que o próximo ano deve ser marcado pela apresentação clara e objetiva dos resultados alcançados, para que a população tenha acesso amplo às informações sobre as ações de políticas públicas.
“É importante que a gente tenha a noção que nós precisamos fazer com que o povo saiba o que aconteceu nesse país. Eu tenho a impressão que o povo ainda não sabe, que nós ainda não conseguimos a narrativa correta para fazer com que o povo saiba fazer uma avaliação das coisas que aconteceram nesse país”, disse Lula.
INDÚSTRIA — Durante a reunião, o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, apresentou os principais avanços da Nova Indústria Brasil (NIB), política lançada para fortalecer a reindustrialização do país. Como exemplo, no eixo da inovação, foram destinados R$ 108 bilhões para estimular o desenvolvimento tecnológico da indústria nacional, com atuação integrada de instituições como Finep, Embrapii e BNDES.
No campo da indústria verde e sustentável, o vice-presidente ressaltou o programa Mover, que prevê incentivos para eficiência energética, segurança automotiva e inovação, além de R$ 140 bilhões em investimentos privados no setor automotivo. Ele destacou a retomada de fábricas fechadas, estímulo à produção de veículos sustentáveis e medidas para ampliar a competitividade do comércio exterior.
“O programa Mover tem R$ 3,8 bilhões de incentivo para eficiência energética, segurança automotiva e inovação. O presidente anunciou R$ 140 bilhões de investimento privado e mais R$ 50 milhões na indústria automotiva. Tinham fechado três fábricas. As três voltaram. No lugar da Mercedes, a GWM. Na Bahia, a BYD, e no Ceará, General Motors”, disse.


