A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Amazonas (FICCO/AM) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (6/11), a Operação Roque, que teve como alvos advogados suspeitos de intermediar comunicações ilícitas entre lideranças de uma facção criminosa com atuação no sistema prisional do estado.
A ação é um desdobramento da Operação Xeque-Mate e foi executada com base em mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal do Amazonas. Segundo as investigações, os profissionais usavam o acesso privilegiado ao sistema prisional para repassar ordens, bilhetes e instruções entre integrantes da facção, além de facilitar transações financeiras ilícitas.
Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e profissionais localizados em Manaus. Foram apreendidos equipamentos eletrônicos, mídias digitais, documentos e valores em espécie, que serão submetidos à perícia.
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A execução da operação contou com o acompanhamento da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB-AM), com o objetivo de garantir o respeito às prerrogativas profissionais e às normas legais durante o cumprimento das ordens judiciais.
De acordo com a FICCO/AM, o grupo investigado seria responsável por manter a comunicação entre lideranças internas e externas da facção, permitindo a continuidade de ações criminosas dentro e fora do sistema prisional.
A FICCO/AM é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Estado de Segurança Pública, Secretaria de Administração Penitenciária, Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência e Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social. A força-tarefa atua de forma integrada no combate ao crime organizado e à criminalidade violenta no Amazonas.


