Inspirado no clássico romance homônimo de Stephen King, O Sobrevivente, dirigido por Edgar Wright (Noite Passada em Soho) e protagonizado pelo carismático Glen Powell, entrega um filme de ação envolvente, embalado por uma crítica social direta ao capitalismo e às engrenagens do entretenimento moderno. A convite da Paramount e do Espaço Z, o Segundo a Segundo conferiu o longa com exclusividade.
Ambientado em um futuro distópico, acompanhamos Ben Richards (Powell), que perde o emprego após denunciar irregularidades a um representante sindical. Com a filha doente e diante de um sistema de saúde completamente privatizado, ele se vê obrigado a buscar alternativas para conseguir dinheiro rapidamente.
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Assíduo telespectador de programas de TV que oferecem prêmios em dinheiro, muitos deles baseados em humilhações públicas ou situações extremas, Richards tenta participar de um quiz show tradicional. No entanto, seu condicionamento físico e seu humor impulsivo chamam a atenção dos recrutadores de The Running Man, um reality show em que competidores são caçados até a morte, com tudo transmitido ao vivo.
Logo nos primeiros minutos, Wright demonstra domínio da narrativa ao construir uma distopia visualmente interessante, sustentada por uma fotografia bem trabalhada, trilha sonora precisa e uma atuação dedicada de Glen Powell. O filme mantém o ritmo, prende a atenção e, além das cenas de ação bem executadas, apresenta uma crítica clara a um sistema que explora vulneráveis e transforma desigualdades sociais em espetáculo.
Embora a premissa não seja novidade dentro do gênero, funciona com eficiência graças à direção segura de Wright e ao protagonismo de Powell. Vale mencionar também Lee Pace, que surge com força na reta final e protagoniza uma das sequências mais intensas do longa, especialmente a do avião.
Ao sair da sessão, tive a sensação de ter assistido a um filme de ação sólido, divertido e que transmite sua mensagem.
ANA SENA, ESPECIAL PARA O SEGUNDO A SEGUNDO
