O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Amazonas está concluindo a primeira etapa das obras de recuperação da Igreja de São Sebastião, um dos principais marcos arquitetônicos e turísticos de Manaus. A previsão é que essa fase seja entregue até o fim de novembro, com acessibilidade, pintura, sistema de combate a incêndios, entre outros serviços de reforma.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, a superintendente do Iphan no Amazonas, Beatriz Calheiro, explicou com transparência o motivo pelo qual a igreja permanecerá interditada mesmo após a entrega da primeira etapa. O fechamento do templo foi determinado após o desprendimento de parte do forro e a identificação de infiltrações e madeiras comprometidas no início deste ano, durante o período de chuvas intensas.
Segundo ela, a medida foi necessária para proteger vidas e evitar riscos maiores. “Quando a gente fala de patrimônio e de segurança, trabalha com fatos; não com achismos. A estrutura da cobertura tem danos graves e precisou ser interditada. Foi a única decisão responsável”, afirmou.
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A área permanece escorada e com uma cobertura metálica provisória, será objeto de um projeto específico de intervenção, que inclui o restauro completo do forro, novo telhado, recuperação da fachada e da torre sineira, que também apresenta risco.
O recurso para essa nova fase foi anunciado pelo senador Eduardo Braga, também nas redes sociais, no último sábado (15).
Avanço também na Igreja da Matriz
Além da São Sebastião, o Iphan avança na conclusão das obras da Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Igreja da Matriz), outro patrimônio histórico do Centro de Manaus.
No domingo passado (16), técnicos da autarquia, representantes da empresa responsável pela obra e membros da Arquidiocese de Manaus realizaram uma nova vistoria para checar itens finais, como sistema de som, climatização, pintura interna e detalhes de acabamento. Com isso, a Matriz também deve ser entregue nas próximas semanas.
“Trabalhar com patrimônio histórico é um processo minucioso. É recuperar, mas também garantir que cada intervenção respeite as necessidades do tempo, principalmente em relação à segurança das pessoas”, explicou Beatriz Calheiro.
A superintendente reforçou que todo o processo tem sido conduzido com diálogo constante com a Arquidiocese, os frades e os órgãos estaduais e municipais, garantindo clareza sobre cada etapa.
“Cuidar do patrimônio é um trabalho técnico e de longo prazo. E nós seguimos firmes com responsabilidade, escuta e muito respeito pela história de Manaus”, disse.

