Há quem diga que uma vida sexual ativa é apenas questão de prazer, rotina ou afinidade entre parceiros. Mas e se o sexo tivesse um papel ainda mais profundo, atuando como uma espécie de “escudo invisível” contra a depressão e como um marcador silencioso do equilíbrio emocional?
Pesquisadores indicam que ele pode, sim, contribuir e existe uma frequência ideal para contribuir com a saúde mental.
Um novo estudo das universidades de Shenzhen e Shantou, na China, sugere que fazer sexo uma ou duas vezes por semana está associado a menor risco de depressão.
A pesquisa, publicada no Journal of Affective Disorders, analisou dados de quase 16 mil adultos nos Estados Unidos e identificou que essa frequência apresentou os maiores efeitos protetores sobre o bem-estar emocional.
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Mas antes de transformar isso em meta, vale um aviso importante dos especialistas: não existe uma “frequência perfeita” válida para todo mundo. Cada pessoa, cada casal e cada fase da vida tem um ritmo.
O mais importante é que a atividade sexual seja natural, saudável, consensual e faça sentido para quem está vivendo aquele momento. Não é porque a ciência encontrou uma faixa com bons resultados que todo mundo precisa encaixar a vida nesse número.
Os especialistas reforçam também que o sexo, quando faz bem e acontece com afeto e respeito, é uma combinação poderosa para o equilíbrio mental: envolve toque, intimidade, confiança e conexão humana.
Muito além do sexo
Além disso, uma vida sexual harmonizada costuma andar com outras práticas saudáveis, como cuidado com o corpo, autoestima e relações afetivas positivas.
Médicos também destacam que conversar sobre vida sexual no consultório deveria ser mais comum. Mudanças nesse aspecto podem ser um sinal importante do estado emocional, mas ainda é um tema pouco abordado em consultas de rotina.
A mensagem é simples: o sexo pode ser um reforço positivo para a saúde mental. Não por obrigação, mas pelo que representa emocionalmente. Quando é vivido com conforto, desejo e conexão, ele vira um aliado do equilíbrio psicológico. E se não fizer parte da sua vida, tudo bem também. Cada trajetória é única, e bem-estar não tem fórmula única nem calendário fixo.

