O Amazonas contabilizou 1.635 casos confirmados de esporotricose em humanos entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2025, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde – Serviço de Referência em ClÃnica e Pesquisa (FVS-RCP). No mesmo perÃodo, foi registrada uma morte em decorrência da infecção. A doença, causada por fungos do gênero Sporothrix e associada principalmente à transmissão por gatos, segue em expansão no estado e em outras regiões do paÃs.
O levantamento também aponta 4.052 casos da infecção em animais, sendo 97,5% em felinos. Manaus concentra a maior parte das ocorrências: 1.529 diagnósticos em humanos e 3.742 em animais. Entre os pacientes, 58,2% são homens, com idade mediana de 39 anos.
A análise sobre os animais indica que 52% dos gatos infectados são semi-domiciliados, 23% vivem em situação de rua e 20% permanecem estritamente dentro de casa. Ainda conforme os dados, 64,8% não são castrados. A combinação desses fatores contribui para a rápida disseminação do fungo, que já se espalha por todos os estados brasileiros.
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A transmissão para humanos ocorre principalmente por arranhaduras. As lesões costumam surgir nas mãos, braços, rosto ou pernas, iniciando como nódulos avermelhados e podendo evoluir para úlceras. Em pessoas com imunossupressão, a doença pode atingir órgãos internos, aumentando o risco de complicações graves.
Pesquisadores e instituições de saúde têm acompanhado o avanço da esporotricose e testado métodos alternativos de tratamento. Entre eles está o uso de pulsos elétricos para combate direto ao fungo em tecidos afetados, técnica em avaliação por centros acadêmicos e veterinários.
O monitoramento estadual segue ativo, diante do aumento dos registros e da circulação do Sporothrix brasiliensis, espécie identificada no paÃs e considerada de alta transmissibilidade. As autoridades reforçam a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado tanto para humanos quanto para animais.

