De janeiro até 31 de outubro deste ano, foram notificados 4.290 casos de esporotricose animal, uma infecção subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix. Desse total, 4.052 foram confirmados e 2.090 estão em tratamento. Nesse período, houve o registro de 1.937 eutanásias/mortes.
A maior quantidade de animais é de gatos (97,5%), seguidos de cães (2,5%). Os animais envolvidos são, em maioria (65,7%), machos.
O balanço foi divulgado nessa quarta-feira (5) pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), que também revelou o informe epidemiológico de esporotricose humana.
LEIA TAMBÉM: Amazonas registra primeira morte humana por esporotricose
Esporotricose humana
Entre 1º de janeiro e 31 de outubro, foram notificados 2.112 casos de esporotricose humana no Amazonas, dos quais 1.635 confirmados e 206 seguem em investigação. O informe registra um óbito.
Os casos confirmados correspondem a pessoas residentes em Manaus (1.529), Presidente Figueiredo (34), Barcelos (27), Iranduba (12), Rio Preto da Eva (8), Maués (7), Manacapuru (5), Itacoatiara (4).
Grupo técnico
No Amazonas, o enfrentamento da esporotricose conta com um Grupo de Trabalho responsável pelo monitoramento da doença no estado. O grupo é composto por órgãos especializados, entre eles FVS-RCP, Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Fundação Hospital Alfredo da Matta (Fuham), Secretaria de Estado de Proteção Animal (SEPET), Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Manaus e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas (CRMV-AM).
Sobre a esporotricose
A esporotricose é uma infecção causada por fungos do gênero Sporothrix, presentes de forma natural no solo, nas cascas de árvores e na vegetação em decomposição. Esse fungo pode infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos.
A transmissão para seres humanos ocorre quando o fungo entra em contato com a pele ou mucosas, geralmente por meio de ferimentos causados por espinhos, lascas de madeira ou palha que estiveram em contato com vegetais contaminados. Caso haja suspeita de esporotricose em humanos, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente.
Os animais também podem ser transmissores da doença, passando o fungo para humanos e outros animais por arranhaduras, mordeduras, lambeduras ou pelo contato com secreções respiratórias e lesões cutâneas ou nas mucosas.
Formas de prevenção
Para prevenir a infecção, recomenda-se que cães e gatos não circularem nas ruas sem supervisão. Isso reduz o risco de exposição ao fungo. Se houver suspeita de esporotricose em animais, é crucial levá-los ao veterinário com urgência.
O informe epidemiológico está disponível no site da FVS-RCP (www.fvs.am.gov.br), com dados sobre esporotricose humana e animal notificados ao órgão. A publicação é atualizada mensalmente.

