Em outubro, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) resgatou 37 animais silvestres em diferentes bairros de Manaus, após chamados da população. As ações, coordenadas pela Gerência de Fauna (GFAU), incluíram aves, répteis e mamíferos encontrados em áreas urbanas.
Entre os animais resgatados estão espécies como o pariri (Geotrygon montana) e o periquito-asa-branca (Brotogeris versicolurus), com seis registros cada. Também teve ocorrências envolvendo o sanhaço-da-amazônia (Thraupis episcopus), com quatro casos, o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus), com três, e o gavião-carijó (Rupornis magnirostris), com duas. Outros animais silvestres em risco também foram atendidos durante o mês.
O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, destaca a importância da ajuda da população e lembra que o atendimento é exclusivo para animais silvestres.
A Gerência de Fauna do Ipaam realiza o resgate de animais silvestres em situação de risco ou que invadiram áreas urbanas, mas não atende animais domésticos, como cães e gatos, nem espécies sinantrópicas, como ratos, morcegos e pombos. Muitos pedidos chegam pelo direct do Instagram, mas é fundamental que a população saiba diferenciar animais silvestres de domésticos”, explica Picanço.
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Bairros com mais resgates
Os bairros com maior número de ocorrências foram Japiim (4), São José Operário (3) e Flores (3). Em seguida aparecem Colônia Terra Nova (2) e Crespo (2). Para a gerente da GFAU, Sônia Canto, a participação do público é fundamental.
“É importante destacar que não recebemos animais diretamente em nossa sede. Sempre que houver a presença de um animal silvestre em área urbana, o primeiro passo é acionar o Ipaam pelo número de resgate, enviando foto e localização. Com essas informações, conseguimos avaliar a situação de forma mais rápida e segura”, disse.
Após a captura, os animais passam por avaliação especializada e, quando possível, são devolvidos à natureza em áreas adequadas. Segundo o assessor ambiental Eduardo Marques, ajudar por conta própria pode ser perigoso.
É comum que as pessoas, ao encontrarem um animal silvestre, queiram alimentá-lo. No entanto, isso pode causar sérios problemas de saúde. Produtos como pão, farinha ou repolho não fazem parte da dieta dessas espécies e podem até levá-las à morte. Por isso, reforçamos que o correto é acionar imediatamente o Ipaam, para que o resgate seja realizado da forma adequada”, orienta.
Encaminhamento ao Cetas
Depois do resgate, os animais são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, onde passam por cuidados e reabilitação até estarem prontos para voltar ao ambiente natural.
Como pedir resgate
Em casos de animais silvestres em risco ou dentro de áreas urbanas, a população pode acionar a GFAU pelo WhatsApp (92) 98438-7964, enviando fotos para identificação e a localização. O atendimento funciona de segunda a sexta, das 8h às 14h.

