Os corpos dos sete amazonenses mortos durante a Operação Contenção, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, começaram a chegar ao Amazonas neste domingo (2). A liberação ocorreu após o término das perícias no Instituto Médico-Legal (IML) fluminense, concluídas pela Polícia Civil do Rio.
A ação, considerada a mais letal da história do país, resultou na morte de 117 suspeitos. Segundo informações da polícia, entre os mortos, 43 possuíam mandados de prisão em aberto e 78 tinham antecedentes criminais. Além disso, mais de 100 pessoas foram presas, sendo que cerca de um terço é oriundo de outros estados, incluindo o Amazonas e o Pará.
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Os levantamentos apontam que os complexos da Penha e do Alemão funcionavam como bases logísticas e de treinamento do Comando Vermelho (CV), com forte articulação entre o Rio de Janeiro e a Região Norte. A capital fluminense, segundo as investigações, abrigava líderes da facção foragidos de outros estados.
Durante a operação, as forças de segurança apreenderam armamentos avaliados em R$ 12,8 milhões, entre eles 93 fuzis de fabricação estrangeira. O material seria utilizado em rotas de tráfico que se estendem até o Norte do país.
A Defensoria Pública do Rio informou que segue prestando apoio às famílias das vítimas. O órgão havia solicitado participação nas perícias do IML, com base na ADPF das Favelas, mas o pedido foi negado pela Polícia Civil.

