O Amazonas ocupa a terceira posição entre os estados brasileiros com maior proporção de solteiros do Brasil, classificadas pelo Censo 2022 do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE) como “pessoas que não viviam em união conjugal”.
No estado, 51,94% da população com 10 anos ou mais se declarou solteira. Isso equivale a 1,6 milhão de pessoas fora de casamentos ou uniões estáveis.
O ranking nacional é liderado por Amapá (52,9%) e Distrito Federal (52,2%), que superam o Amazonas na proporção de solteiros.
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Na outra ponta, os menores percentuais foram registrados em Santa Catarina (41,6%), Paraná (44,7%) e Rondônia (44,6%), demonstrando um contraste entre o Norte e o Sul do país.
Em todo o Amazonas, das 3,1 milhões de pessoas com 10 anos ou mais, 1,5 milhão vivia em união conjugal e 1,6 milhão não vivia. A faixa de 35 a 39 anos concentra o maior número de pessoas em união, enquanto os grupos mais jovens acumulam os maiores índices de solteiros.
De acordo com o IBGE, o aumento do número de pessoas fora de uniões tradicionais reflete mudanças culturais e comportamentais no país, como o adiamento do casamento, a priorização de estudos e carreira, além da diversificação dos arranjos familiares, como explica o chefe de disseminação de informações do IBGE, Adjalma Nogueira Jaques.
O alto percentual de solteiros pode ser explicado pela estrutura etária mais jovem do estado, em comparação com outras regiões do país. Além disso, reflete a tendência nacional de adiar ou não formalizar as uniões, optando por permanecer solteiro por mais tempo”, EXPLICA ADJALMA.
Estados com mais solteiros do Brasil
- Amapá: 52,9%
- Distrito Federal: 52,2%
- Amazonas: 51,9%
Solteiros em Manaus
Em Manaus, o cenário é ainda mais expressivo: 53,7% da população acima de 10 anos se declarou solteira ou fora de união conjugal, o que coloca a capital na 7ª posição entre as capitais brasileiras com os maiores percentuais de solteiros.
O Norte está entre as regiões com maior proporção de solteiros, junto ao Centro-Oeste, enquanto o Sul registra os menores percentuais do país.
Como o IBGE define “união conjugal”
Para o Censo 2022, o IBGE considera como “vivendo em união conjugal” as pessoas com 10 anos ou mais que declararam viver com cônjuge ou companheiro(a), seja em união formal (casamento civil e/ou religioso) ou em união consensual (sem registro legal).
Já as pessoas que não viviam nessas condições — incluindo solteiros, divorciados, separados e viúvos — foram classificadas como “fora de união conjugal”.

