Na manhã deste domingo (09/11), um venezuelano identificado como Ângelo, morreu após o carro em que estava colidir com um ônibus na Alameda Alphavile, no bairro Novo Aleixo, zona norte de Manaus. No momento do acidente cinco pessoas estavam no veículo, uma delas, o motorista, teria fugido do local logo depois da batida.
Enzo, um dos sobreviventes, contou à polícia que o motorista do carro, que segundo ele seria de aplicativo, causou o acidente ao tentar fazer uma ultrapassagem. O grupo voltava de uma festa, por volta de 7h50, quando o acidente aconteceu. Em conversa com a imprensa, um deles disse que o veículo, modelo Argo, de cor grafite e placa TSH7B78, foi “fechado” pelo ônibus durante a manobra e acabou colidindo com a traseira do mesmo.
Ângelo morreu na hora e o motorista abandonou o veículo e as vítimas e desapareceu. O socorro ainda foi acionado, mas o homem já não apresentava sinais vitais. Os amigos dele sofreram escoriações leves e contaram à polícia como o acidente ocorreu.
O motorista do ônibus permaneceu no local e até a vítima ser removida para o Instituto Médico Legal (IML) e a polícia realizou perícia na cena do acidente, que permaneceu interditado.
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A polícia vai instaurar Inquérito Policial (IP) para investigar o acidente após sobreviventes da tragédia fornecerem informações desencontradas. O trio contou à polícia que voltava de uma festa em um carro de aplicativos e o motorista teria tentado ultrapassar um ônibus, foi “fechado” e colidiu com o mesmo.
Questionados sobre o nome do motorista, o trio diz apenas que o homem se chamava Enzo, mas durante uma averiguação no veículo, um documento com este mesmo nome foi achado e pertence a um dos sobreviventes. A polícia acredita que o veículo é de um dos envolvidos e que o mesmo é quem estava dirigindo o Argo no momento do acidente.
“E a gente pergunta cadê o motorista? Eles falam ‘eu me lembro que o nome dele é Enzo’, e quando a gente pega o documento no carro, está no nome de Enzo. Então, aparentemente, é ele”, esclareceu o
soldado M. Vasconcelos da 27ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom).
Além disso, uma mulher que seria namorada de Ângelo negou que estava no carro no momento da colisão, mas se contradisse em vários outros momentos, assim como Enzo e o outro sobrevivente. Uma testemunha que presenciou o acidente relatou à polícia que o carro chegou a passar por ele em alta velocidade na pista e logo em seguida, bateu no ônibus.
Diante da confusão, a Polícia Militar decidiu conduzir Enzo, a suposta namorada de Ângelo e outro amigo dele para prestar esclarecimentos na delegacia. Caso fique comprovado que algum deles estava ao volante no momento do acidente, este vai responder por homicídio culposo e embriaguez, já que todos haviam bebidas na festa onde estavam.

