A conferência do clima, em Belém (PA) entrou na segunda semana sem grandes definições sobre como frear o aquecimento global e conter a crise climática. Entre protestos e diálogos o que vem roubando a cena é a própria cidade. Belém está conquistando os turistas com música, sabor e um sorriso largo e, durante a COP 30, sociobioeconomia não poderia ficar fora dos roteiros turísticos.
Por isso, a Associação dos Negócios da Bioeconomia Amazônica (Assobio) em parceria com o Governo do Pará criou 11 experiências rápidas para o turista conhecer de perto negócios que geram renda e ajudam a protegem a floresta e quem vive nela.
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Agência de turismo sustentável opera as vendas
A Vivalá, negócio do portfólio da Amaz Aceleradora de Impacto, iniciativa coordenada pelo Idesam, está comercializando os roteiros, que têm duração de 1 a 7 horas, com saídas em diferentes horários, dependendo do local e da experiência.
Os visitantes podem conhecer de perto empresas que trabalham com cadeias produtivas da região e mantém relações comerciais justas com os produtores rurais como a Manioca, Da Cruz, Meu Garoto, Blaus, Da Tribu, Filha do Cumbu, Uruçun, AMZ Tropical, Cacauaré e Jucarepa, cada uma delas é o ponto de partida do roteiro dos passeios.
As experiências foram criadas especialmente para o mês de novembro para serem opções durante o evento, entretanto, ficarão como parte do legado da COP, sendo disponibilizadas nos próximos anos.
“Ser escolhido pela Assobio e Governo do Estado do Pará para produzir este programa foi uma grande honra para a gente e está diretamente ligada à nossa missão de aproximar as pessoas de experiências reais, conectando, na COP, tomadores de decisão com a realidade do dia a dia da Amazônia”, destaca Daniel Cabrebra, cofundador e diretor-executivo da Vivalá.
Os valores de cada experiência variam de R$ 50,00 a R$ 560,00 por pessoa e estão à venda no vivala.com.br, onde também estão detalhadas as 11 opções de roteiros disponíveis, com as datas e horários de saída de cada um.
Conhecendo o Tucupi com a Manioca
Usada como base alimentar dos povos da floresta, a mandioca é um alimento de origem brasileira que representa a base das refeições de povos indígenas, comunidades ribeirinhas e de grande parte da população dos centros urbanos do norte do país. Com 21% da produção nacional, Belém é o maior produtor do tubérculo no Brasil.
O tubérculo é a base do tucupi e da farofa industrializada pela Manioca, empresa de impacto que atua na área dos alimentos e protagoniza uma das experiências dessa rota.
Durante o passeio o turista vai mergulhar na história da mandioca e do tucupi, explorando como essa raiz milenar conecta tradição, cultura e bioeconomia na Amazônia. Na experiência, é possíveli conhecer a relação ancestral dos povos indígenas com a mandioca e usos que atravessam gerações. Mais do que provar sabores, esta vivência oferece conhecimento, conexão com a cultura local e compreensão de como a bioeconomia amazônica pode gerar impacto real — uma oportunidade de se sentir parte da história e da riqueza da região.
“A Manioca é uma indústria de impacto socioambiental que transforma ingredientes da biodiversidade amazônica em alimentos das nossas tradições. Fazemos tucupi, molho de pimenta, farinha e farofa, produtos deliciosos e profundamente ligados à origem amazônica. Nosso impacto começa no econômico, gerando renda para comunidades tradicionais, mas também é cultural e social, porque damos luz aos ingredientes da região e ajudamos o Brasil a conhecê-los. No fim, isso também é impacto ambiental: quando valorizamos nossa culinária e geramos desenvolvimento, fortalecemos quem vive no território e ajudamos a preservar a floresta”, explicou Joanna Martins, fundadora da Manioca.

