O desmatamento no Amazonas, medido pelo sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), teve uma queda de 16,93% entre agosto de 2024 e julho de 2025, em comparação com o período anterior. A redução foi superior à média do bioma Amazônia, que registrou queda de 11,08%, a terceira maior desde 1988.
No total, a área desmatada no Estado foi de 1.016 km² e ficou bem distante do recorde registrado entre 2021 e 2022, quando o desmate acabou com 2.594km² de florestas amazonenses. Foi, conforme dados do Prodes, a segunda redução seguida no desmatamento no Amazonas, após quatro anos de crescimento constante, com o ápice registrado em 21-22.
Em Apuí, no sul do Amazonas, um dos municípios incluídos no programa União com Municípios, a queda no desmatamento foi atribuída à mudança no perfil produtivo. Segundo o prefeito Marquinho da Macil (PSD), a substituição da pecuária pela cafeicultura reduziu a necessidade de abertura de novas áreas, portanto houve redução significativa no desmatamento no município, um dos dez maiores devastadores da floresta no Estado.
Números bons em toda a região
Em toda a Amazônia, a área desmatada na floresta foi de 5.796 km², número que poderia ser ainda menos se não fosse o aumento 25% no desmatamento registrado no Estado do Mato Grosso.
Outro dado importante divulgado pelo INPE é que o desmatamento evitado em todo o bioma correspondeu a 1,34 milhão de hectares, o que impediu a emissão de 649 mil toneladas de CO₂.
A ministra Marina Silva afirmou que o resultado reflete o fortalecimento de ações financiadas pelo Fundo Amazônia e a integração entre governos federal, estaduais e municipais. Ela disse que o controle do desmatamento é essencial para o enfrentamento das mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável do país.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, destacou o uso de tecnologia e operações de fiscalização em campo. Já o presidente do ICMBio, Mauro Pires, afirmou que novos investimentos e a formação de fiscais especializados foram decisivos para a redução.

