Segundo a SegundoSegundo a SegundoSegundo a Segundo
Aa
  • Cidades
  • Economia
  • Ciência & Tecnologia
  • Colunas & Blogs
    • Plantão do Consumidor
    • Tem golpe na praça
    • Viralizou
  • Cultura
    • Arthur Charles
    • Alexandre Pequeno
  • Esporte
  • Oportunidade
  • Política
  • Polícia
  • Saúde
  • Vídeos
  • Institucional
    • Quem Somos
    • Política de uso
    • Reportar erro
Lendo Pau de Balsa, a planta que pode acabar com um conflito ambiental na Amazônia
Segundo a SegundoSegundo a Segundo
Aa
Search
  • Cidades
  • Economia
  • Ciência & Tecnologia
  • Colunas & Blogs
    • Plantão do Consumidor
    • Tem golpe na praça
    • Viralizou
  • Cultura
    • Arthur Charles
    • Alexandre Pequeno
  • Esporte
  • Oportunidade
  • Política
  • Polícia
  • Saúde
  • Vídeos
  • Institucional
    • Quem Somos
    • Política de uso
    • Reportar erro
Follow US
© 2022 Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Segundo a Segundo > Blog > Ciência & Tecnologia > Pau de Balsa, a planta que pode acabar com um conflito ambiental na Amazônia
Ciência & Tecnologia

Pau de Balsa, a planta que pode acabar com um conflito ambiental na Amazônia

Redação
Atualizado em 2025/10/05 at 9:26 PM
Redação 2 meses atrás
Compartilhe
Compartilhe

Um projeto de pesquisa liderado pela professora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Marta Pereira, analisa o uso do extrato de Pau de Balsa, uma espécie da flora amazônica parente do quiabo, para solucionar um dos problemas ambientais mais graves que aflige a Amazônia, o uso de mercúrio no garimpo de ouro (em terra ou leito de rios).

Por conta da poluição ambiental causada pelo mercúrio no garimpo de ouro no rio Madeira, em setembro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Boiúna, que destruiu 277 balsas de ribeirinhos entre os municípios de Manicoré e Humaitá, causando uma comoção política que mobilizou toda a bancada do Amazonas em Brasília e gerou fortes reações contra o governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva.

O mercúrio é um um metal pesado utilizado na separação do ouro dos demais sedimentos, e que causa contaminação de rios e peixes. Humanos também são contaminados ao comer esses peixes ou beber da água de um rio envenenado pelo mercúrio.

LEIA TAMBÉM: Fapeam abre inscrições para programa de incentivo à pesquisa

O projeto de Marta Pereira usa uma planta nativa da Amazônia e de outras regiões das Américas como uma possibilidade promissora para substituir o mercúrio nessa função de separação do ouro dos sedimentos.

A hipotese central parte da constatação de que extração de metais de solos e rios existe desde muito antes do emprego do mercúrio, e comunidades de garimpeiros da região de Tadó, no Departamento de Chocó, Colômbia, mantiveram viva por séculos a tradição do garimpo artesanal de ouro e prata com o uso de plantas locais.

Recentemente, os ribeirinhos do baixo Rio Madeira, no estado do Amazonas, também passaram a garimpar usando uma das plantas utilizadas no garimpo artesanal do ouro nas comunidades colombianas.

Choque de conhecimentos gera resultado

Os conhecimentos tradicionais podem inspirar a ciência. E foi a partir da experiência dessas comunidades colombianas e do baixo Madeira que teve início o projeto “Potencial Biotecnológico de Ochroma pyramidale como substituto do mercúrio na mineração de ouro”. Além de Marta Pereira, o projeto envolve pesquisadores das Universidades Federais de Rondônia e do Rio de Janeiro e do Instituto Militar de Engenharia, com a participação técnico-logístico da Cooperativa dos Garimpeiros do Rio Madeira (COOGARIMA).

A planta em questão é chamada no Brasil é chamada de Pau de Balsa, muito conhecida desde o Sul do México, passando por Colômbia, Peru e a região norte do Brasil. Na Amazônia, a planta, além da extração de ouro, tem sido também amplamente utilizada no reflorestamento de áreas desmatadas.

Da família do quiabo e do algodão (Malvaceae), o “pau-de-balsa” produz uma madeira leve e resistente, que vem sendo bastante utilizada em diversas regiões do mundo, especialmente na área da engenharia e ciência dos materiais. China e Estados Unidos são os maiores consumidores da madeira oriunda do Pau de Balsa.

Procedimentos orientados pelos caboclos

O primeiro passo dos pesquisadores foi o de tentar criar um procedimento mais eficiente e sustentável na separação do ouro dos demais sedimentos, usando, inicialmente, o extrato bruto do pau-de-balsa. O extrato é feito umedecendo com água uma folha média e a espremendo manualmente.

A participação dos garimpeiros da COOGARIMA foi fundamental nessa fase do estudo. Não apenas eles obtiveram o concentrado de sedimentos para análise, como a presença de um dos garimpeiros nos testes experimentais no laboratório foi imprescindível: o olhar para identificar “fagulhas” de ouro e o sincronismo no balançar da “cuia” e “batéia” são expertises deles, e se unem ao conhecimento científico numa construção coletiva de saberes.

Os primeiros experimentos em laboratório foram animadores e houve a aglutinação do ouro como ocorre quando se usa mercúrio. No processo convencional, utiliza-se o mercúrio metálico (Hg0), que se une ao ouro (amalgamação), num processo denominado de concentração gravimétrica (quando partículas de diferentes densidades, tamanhos e formas são separadas uma das outras por ação da força de gravidade ou por forças centrífugas).

O ouro do Rio Madeira é um ouro muito fino, são “fagulhas” difíceis de serem separadas dos demais sedimentos e resíduos obtidos no processo de concentração gravimétrica. Já a levigação (método que utiliza líquidos para promover a separação de misturas heterogêneas entre sólidos) conseguida com o extrato da Pau de Balsa foi eficiente na separação dessas “fagulhas”, com a grande vantagem de ser feita sem nenhuma substancia tóxica a ser lançada no meio ambiente.

Os pesquisadores acreditam que os saberes tradicionais de comunidades de garimpeiros artesanais podem, em breve, retornar às populações locais em forma de conhecimento científico, num trabalho coletivo para reduzir os prejuízos ambientais causados pelo uso do mercúrio, além de acabar com as tensões com a polícia, órgãos ambientais e os políticos em Brasília.

Leia também

Amazônia Verde propõe transformar conectividade e sustentabilidade para comunidades ribeirinhas

Em Manaus, estudantes criam graxa ecológica com produtos da floresta

Estudantes desenvolvem ‘capacete inteligente’ que chama socorro logo após acidente

Quase 9 em cada 10 manauaras usam WhatsApp todos os dias; grupos dominam

IKT apresenta solução de rastreabilidade inteligente no II Encontro do Ecossistema de Inovação da Suframa

Termos destaque, Marta Pereira, Pau de Balsa
Redação 05/10/2025 03/10/2025
Compartilhe este artigo
Facebook Twitter Email Print
Por Redação
Follow:
A equipe da Redação do Segundo a Segundo acompanha de perto os principais fatos que impactam o Amazonas. Juntos, contamos histórias, investigamos notícias e informamos com agilidade e responsabilidade.
Artigo anterior Inauguração da CRAS e unidade odontológica em Pauini com Sidney Leite e Renato Afonso. Sidney Leite e Renato Afonso inauguram CRAS e unidade odontológica em Pauini
Próximo Artigo Ônibus parados em Manaus após fim de greve. Greve: Sindicato promete parar ônibus em Manaus após novo atraso em salários
© Segundo a Segundo. A informação que você precisa saber
Welcome Back!

Sign in to your account

Lost your password?
Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continua a usar este site, assumimos que você está satisfeito.