Com ações ambientais em Manaus e em São Paulo, a startup amazonense Tree Earth reuniu magistrados para compensar o impacto ambiental do XV Congresso Internacional de Direito e Processo do Trabalho. O evento organizado pela Academia Brasileira de Direito do Trabalho (ABDT) começou nesta quarta-feira e segue até esta sexta-feira (3/10) na capital paulista.
A compensação de parte do carbono emitido durante o Congresso está sendo feita por meio de plantio de árvores. Em Manaus, na região do Lago do Puraquequara, foram plantadas 150 mudas com a participação de famílias ribeirinhas. Para esta ação, foram escolhidas as espécies Cupuaçu, Ingá, Urucu e Seringa.
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Já em São Paulo, foram plantadas mudas de Ipê, Pau Brasil, Araçá, Gabiroba e Ingá Laurina, no Largo da Batata, na zona oeste paulistana, na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, considerado o centro financeiro do Brasil.
Para o juiz Sandro Nahmias, titular da 11ª Vara do Trabalho de Manaus, que fomentou o plantio para fazer a compensação dos Gases de Efeito Estufa (GEE), a iniciativa vai servir como um norte para outros congressos realizados no Brasil na área jurídica.
“O futuro do direito do trabalho não pode subsistir se não tiver planeta. Assumimos o timão para sugerir novos caminhos, ou seja, para que todos os congressos jurídicos brasileiros assumam o compromisso socioambiental de compensar o carbono emitido. Este compromisso é assumido pela ABDT hoje e sempre”, afirmou.
O Congresso Internacional de Direito e Processo do Trabalho é destinado a magistrados, advogados, membros do Ministério Público, acadêmicos, doutrinadores, agentes e funcionários públicos, diretores jurídicos, empresários, economistas, pesquisadores e estudantes de Direito. Entre os temas abordados está a implementação de políticas públicas nacionais.
O juiz Sandro Nahmias destacou que a ABDT, ao plantar na Amazônia, reitera o compromisso não apenas de semear conhecimento, mas também o que chamou de “semear o futuro”.
“Esse conhecimento não pode estar desconectado do que está acontecendo no planeta. Por essa razão, a academia assume a responsabilidade socioambiental, compensando parte dos gases emitidos, com todo o congresso, através do plantio de mudas da região amazônica”, disse.
São palestrantes do evento o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, o ministro aposentado do STF, Marco Aurélio Mello; o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Aloysio Corrêa da Veiga; o presidente da ABDT, Alexandre Agra Belmonte, entre outros.