A expansão do Polo Industrial de Manaus (PIM) está limitada pelo Plano Diretor de Manaus, que destina as empresas apenas áreas nos Distrito Industrial 1 e 2, ambos já saturados e com todos os lotes industriais ocupados.
Por conta desse problema, uma reunião entre Suframa, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) e do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) foi realizada nesta desta quarta-feira (8) com o objetivo de discutir alternativas que possam flexibilizar o zoneamento urbano de Manaus e, assim, permitir a instalação de indústrias de grande porte em novas áreas.
O diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente, revelou que há um pedido da Suframa e do Governo do Estado pra que, dentro da revisão do Plano Diretor, que irá para análise da Câmara Municipal de Manaus, novas regiões industriais possam ser criadas e assim atender os pedidos das empresas que desejam terras para se instalar no PIM.
Carlos Valente confirmou que o Distrito Industrial 1 e o Distrito Industrial 2 já não têm mais disponibilidade de terrenos para a instalação de empresas de grande porte e que há estudos no Implurb para verificar quais áreas de Manaus poderiam abrigar um “Distrito 3”.
“Estamos estudando o eixo das rodovias AM-010 (Manaus-Itacoatiara) e o eixo da BR-174 (Manus-Boa Vista), interligados pela ZF-1, como possíveis áreas para expansão industrial. Hoje pontuamos também uma nova área de possibilidades e deveremos em breve apresentar todo o trabalho para avaliação do prefeito David Almeida”, afirmou Vaente. “Quem sabe até a próxima reunião do Conselho de Administração da Suframa a gente já consiga ter uma normatização adequada para trazer novas indústrias para Manaus e ampliar a geração de emprego e renda”, reforçou.
De acordo com o superintendente Bosco Saraiva, a reunião busca consolidar Manaus cada vez mais como uma cidade atrativa para negócios, oferecendo soluções de planejamento urbano para um desenvolvimento mais organizado e sustentável.
“É uma ação de grande importância para conseguirmos viabilizar maior oferta de áreas para empresas interessadas em se instalar na Zona Franca de Manaus, especialmente as indústrias do tipo 5, que englobam empresas de grande porte, com estrutura similar a fábricas como Samsung, Honda, LG e Yamaha, por exemplo”, explicou Saraiva.
O diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente, que a capital amazonense tem se tornado uma referência para novos investimentos em função da reforma tributária, com dezenas de empresas buscando áreas industriais na cidade.