A Polícia Civil do Amazonas prendeu um homem de 54 anos, apontado como responsável por um esquema de exploração sexual de adolescentes na zona leste de Manaus. A operação foi realizada na manhã de segunda-feira (29), pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), e cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.
De acordo com a delegada Rosane Ferreira, titular da DEPCA, o investigado utilizava uma adolescente de 14 anos, que já residia com ele, para atrair outras meninas com idades entre 13 e 15 anos. As vítimas estavam em situação de vulnerabilidade, fora da escola e com histórico de conflitos familiares.
As investigações tiveram início após o desaparecimento de uma adolescente, posteriormente encontrada na residência do suspeito, acompanhada de outras jovens. A partir do depoimento da vítima, a polícia apurou que o homem oferecia moradia, alimentação, roupas, cosméticos, além de álcool e drogas, como forma de manter as adolescentes sob controle.
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O grupo era levado durante a madrugada até pontos de prostituição na Avenida Itaúba, onde os encontros eram intermediados por valores médios de R$ 100. Segundo a polícia, um dos métodos de pagamento envolvia o uso de cartões plastificados com QR Codes vinculados diretamente à conta bancária do suspeito.
Na residência do homem, localizada no bairro Altays Mirim, os agentes encontraram duas adolescentes. Também foram apreendidos celulares que serão periciados e uma motocicleta com restrição de furto e placa adulterada, usada para transportar as jovens.
As adolescentes resgatadas foram encaminhadas ao Conselho Tutelar, que está trabalhando na localização de familiares ou em providências de abrigamento. A polícia estima que o número total de vítimas possa chegar a sete, mas as investigações seguem em andamento para confirmar a identidade de outras possíveis vítimas e identificar clientes que efetuaram pagamentos ao investigado.
A DEPCA está apurando os crimes de exploração sexual e fornecimento de álcool e drogas, e buscará identificar e responsabilizar os clientes que realizavam os pagamentos via QR Code. Os pais das meninas serão localizados para acompanhamento e orientação familiar.