A Polícia Civil do Amazonas prendeu preventivamente, nesta sexta-feira (31), um homem de 44 anos suspeito de tentativa de feminicídio, cárcere privado e ameaça contra sua companheira, no conjunto Monte Sinai, zona Norte de Manaus. A ação foi conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) das zonas Norte e Leste.
As investigações começaram após a irmã da vítima procurar a delegacia do município de Presidente Figueiredo, relatando que a mulher estava hospitalizada depois de sofrer agressões. Segundo o depoimento da vítima, o crime ocorreu quando o suspeito, após consumir bebidas alcoólicas, exigiu dinheiro para pagar uma dívida com um agiota. Diante da recusa da companheira, ele passou a agredi-la com socos e chutes.
De acordo com a delegada Nathalia Oliveira, as agressões só cessaram após a intervenção de uma terceira pessoa que ouviu o pedido de socorro. Mesmo assim, o homem manteve a vítima em cárcere privado por alguns dias, ameaçando-a de morte, assim como aos dois filhos do casal, caso tentasse fugir.
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Em um momento de descuido do suspeito, a mulher conseguiu entrar em contato com familiares, que acionaram a polícia. Após ser liberada, ela foi levada a Presidente Figueiredo, onde recebeu atendimento médico, e posteriormente transferida para Manaus devido à gravidade dos ferimentos.
Conforme o laudo médico, a vítima sofreu múltiplas lesões, especialmente na perna e no abdômen, e apresenta comprometimento de alguns órgãos. Ela deverá receber acompanhamento psicológico assim que seu estado de saúde permitir.
Durante o interrogatório, o suspeito afirmou não se lembrar do ocorrido, alegando ter ingerido bebida alcoólica. A Justiça decretou sua prisão preventiva, e ele passará por audiência de custódia.
A investigação apontou que o casal mantinha um relacionamento há cerca de cinco anos e que a mulher já havia registrado episódios anteriores de violência. Ela chegou a solicitar uma medida protetiva, mas o homem não chegou a ser intimado.
A Polícia Civil reforçou que denúncias de violência doméstica podem ser feitas por qualquer pessoa, pessoalmente nas delegacias ou pelo Disque 180, canal nacional de atendimento às vítimas.


 
			 
			 
                                 
                             