A Justiça do Amazonas condenou, nesta quinta-feira (16), um casal acusado pela morte da artista venezuelana Julieta Hernández, ocorrida em dezembro de 2023. O julgamento foi realizado pela Vara Única da Comarca de Presidente Figueiredo, localizada a 107 quilômetros de Manaus.
Deliomara dos Anjos Santos e Thiago Agles da Silva foram sentenciados pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver. As penas somadas chegam a 79 anos e 2 meses de prisão. A juíza Tamiris Gualberto determinou o início imediato do cumprimento das penas em regime fechado, mantendo a prisão preventiva dos réus.
Thiago Agles da Silva foi condenado a 41 anos e 3 meses de reclusão, sendo 40 anos por latrocínio e 1 ano e 3 meses por ocultação de cadáver, além de 220 dias-multa. Já Deliomara dos Anjos Santos recebeu pena de 37 anos, 11 meses e 10 dias, sendo 36 anos, 11 meses e 10 dias por latrocínio e 1 ano por ocultação de cadáver, com aplicação de 264 dias-multa.
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De acordo com o Ministério Público, o crime ocorreu na madrugada de 23 de dezembro de 2023, no Espaço Cultural Mestre Gato, onde a vítima, que viajava de bicicleta em direção a Roraima, estava hospedada. A investigação indicou que o casal agiu em conjunto para roubar o celular de Julieta.
Conforme a denúncia, Thiago abordou a vítima com uma faca, enquanto Deliomara teria jogado álcool sobre Julieta e também sobre Thiago, ateando fogo em ambos. Após o incêndio ser contido, Thiago teria asfixiado a vítima com uma corda. O corpo foi enterrado em uma cova rasa nos fundos do local, na tentativa de ocultar o crime.
Os réus foram absolvidos da acusação de estupro. Segundo a decisão judicial, não houve provas técnicas conclusivas quanto à conjunção carnal e não foram apresentadas testemunhas que sustentassem a denúncia nesse aspecto. O laudo pericial não confirmou vestígios compatíveis com o crime sexual.