Empresários que trabalham com bioeconomia amazônica vão apresentar seus produtos na 2ª Exposição Econômica e Comercial China-Países de Língua Portuguesa (C-PLPEX), que acontece entre os dias 22 e 25 de outubro, em Macau, na China. A presença na feira internacional marca um passo importante na estratégia de internacionalização de negócios sustentáveis com base em insumos da floresta, levando inovação, alimentos e bebidas produzidos a partir da sociobiodiversidade da Amazônia para o mercado asiático.
A Amazônia Smart Food, a Neo Power e a Hillary Gin são algumas das empresas que compõem a comitiva empresarial liderada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
Para Pricila Almeida, CEO da Amazônia Smart Food, a ida à C-PLPEX representa uma oportunidade de consolidar a presença da bioeconomia amazônica em cadeias globais de valor. A empresa atua com soluções alimentares que utilizam ingredientes nativos da floresta, aliando inovação tecnológica e práticas sustentáveis. Segundo ela, a experiência em Macau é estratégica para abrir mercados, firmar parcerias e dar visibilidade a produtos regionais com apelo internacional.
O CEO da Neo Power, Francerbley Bragança, também aposta na participação como forma de atrair investimentos e estabelecer conexões com empresas voltadas à transição energética. A empresa trabalha com soluções de eletromobilidade e geração de energia limpa e vê no mercado asiático um ambiente propício para cooperação tecnológica. Bragança destaca que a inserção da Neo Power em eventos internacionais reforça o compromisso com a sustentabilidade e o avanço da matriz energética verde na região amazônica.
A Hillary Gin, marca de bebidas artesanais fundada por Raquel Omena, pretende mostrar aos consumidores e distribuidores internacionais a versatilidade de produtos amazônicos no setor de bebidas premium. O Hilary London Dry Gin é produzido com insumos típicos da floresta e já vem ganhando espaço no mercado nacional. Levar o produto à China, segundo Raquel, é um desafio e um passo importante para posicionar a marca no exterior e explorar oportunidades no setor de destilados de alto valor agregado.
A C-PLPEX é organizada pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) e tem como objetivo fortalecer as relações econômicas entre a China e os países de língua portuguesa. Com a presença de mais de 480 empresas e projeção de novos projetos estratégicos, a feira se consolida como um dos principais pontos de conexão comercial entre o mercado asiático e o mundo lusófono. Nesta edição, os setores em destaque incluem economia azul, novas energias e cadeia da indústria agrícola.
A participação das empresas da Amazônia ocorre em um momento de crescente interesse internacional por soluções que aliam desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Os empreendedores esperam não apenas fechar negócios, mas também afirmar o papel da região amazônica como produtora de inovação com base na biodiversidade e na sustentabilidade.
Segundo o secretário da Sedecti, Serafim Corrêa, a participação do Amazonas nesta exposição ressalta o potencial do estado como polo de inovação e exportação, além de promover internacionalmente produtos e tecnologias que valorizam nossa sociobiodiversidade.
“O Estado do Amazonas tem todo o interesse de que empresas voltadas para a bioeconomia consigam se inserir no mercado internacional. A ida deste grupo a Macau é uma oportunidade de estabelecer novos contatos e abrir novos mercados, e, por isso, o governo do Estado do Amazonas oferece todo o apoio a essa iniciativa”, declarou Corrêa.