A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) prorrogou a vacinação contra a raiva dos herbívoros em seis municípios com imunização compulsória. A campanha de vacinação prevista para encerrar no dia 30 de setembro segue, agora, até o dia 28 de novembro deste ano.
A Portaria nº 407/2025, que prevê a extensão de prazo, foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE-AM), no dia 10 de setembro. Os produtores terão mais tempo também para realizar a notificação da vacinação. De 31 de outubro, o prazo salta para 29 de dezembro.
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Para a comprovação da vacinação, o proprietário dos animais deverá apresentar à Adaf a nota fiscal da aquisição da vacina, na qual deverá constar número da partida, validade e laboratório produtor. É necessário informar ainda a data da vacinação, bem como o número de animais vacinados, por espécie.
A mudança abrange os municípios de Autazes, Careiro, Santo Antônio do Içá, Tefé, Urucará e Urucurituba, onde a imunização antirrábica do rebanho é obrigatória para manter o controle da doença e evitar a sua propagação no Estado. Os animais primovacinados (que receberam a primeira dose) deverão ser imunizados após 30 dias.
A fiscal agropecuária médica veterinária Larissa Carvalho, que coordena, no Amazonas, o Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros e Outras Encefalopatias (PNCRH) explica que a prorrogação foi necessária devido à baixa oferta de vacinas no Brasil.
“As vacinas estão chegando a estas cidades e acabando muito rápido. Consideramos prudente aumentar o período da campanha para que os pecuaristas não sejam prejudicados. Desta forma, o produtor tem até o final do ano para obter o imunizante”, afirmou.
Em junho deste ano, a baixa oferta de vacinas adiou para 1º de setembro a obrigatoriedade da vacinação contra a raiva dos herbívoros em Apuí (a 453 quilômetros de Manaus). A medida foi definida pela Portaria Nº 266, após a Adaf atender ao apelo de pecuaristas daquela cidade.
A comprovação da vacinação antirrábica é obrigatória para a solicitação da emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) no município.
A raiva é uma doença altamente letal e que pode ser transmitida para humanos. Por isso, a Adaf alerta os criadores para, em caso de suspeita, evitarem contato com os animais e notificarem a agência o mais rápido possível.
O morcego hematófago é um dos principais transmissores no ciclo rural. Os sintomas da doença incluem andar cambaleante, afastamento do rebanho, animal deitando lateralmente, com movimento de pedalagem com as patas, salivação excessiva e dificuldade de engolir.
