Um garimpo ilegal, nos mesmos moldes vistos no rio Madeira em 2023, se instalou no rio Solimões, em frente ao município de Jutaí, no Médio Solimões, e está contaminando com mercúrio as águas que abastecem a comunidade Voz da Floresta, localizada dentro da área de conservação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, na região do Médio Solimões.
Nesta comunidade, vivem indígenas da etnia Kokama, que ainda não tiveram suas terras demarcadas e se espalham por sete aldeias localizadas entre o Solimões e o rio Boia. Conforme o relato dos denunciantes, a presença do garimpo ilegal se tornou comum a cada período de vazante do rio, quando o trabalho de vasculhar o leito em busca de ouro é facilitado pela menor profundidade.
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Em gravações de áudio e registros em vídeo encaminhados ao Segundo a Segundo, moradores afirmam que o escritório local da Fundação Nacional dos Indígenas (Funai) tem conhecimento da situação, mas não fez nada para acabar com o garimpo ilegal. Eles dizem que são ao menos 12 dragas atuando em frente a comunidade.
A Funai não respondeu ao pedido de informações da reportagem do Segundo a Segundo sobre este garimpo em Jutaí. Se o fizer o texto será atualizado. Já a Polícia Federal indicou que vai averiguar a situação, mas lembrou que há algumas semanas expulsou garimpeiros da região.
Veja a proximidade das dragas do terreno da comunidade: