O Ministério Público do Amazonas (MPAM) deflagou, nesta quarta-feira (17), a segunda fase da operação Militia, que prendeu duas pessoas, uma em Manaus e outra no município de Borba, na região do Médio Rio Madeira, além de cumprir cinco mandatos de busca e apreensão.
A investigação descobriu uma núcleo criminoso que utilizar contas bancárias abertas de forma fraudulenta para lavar dinheiro oriundo de extorsões. Promotor de Justiça responsável pelas investigalções, Armando Gurgel Maia destacou que, com as duas prisões de hoje — entre elas, a de um policial militar reformado —, a operação chega a 11 pessoas detidas desde a primeira fase, em julho.
O promotor ressaltou que o nome de um perito da Polícia Civil foi utilizado de forma fraudulenta em uma das contas de passagem dos valores extorquidos.
“Havia forte suspeita desde o início de que o perito não tivesse nenhuma participação, o que se confirmou. Ele colaborou imediatamente com a investigação, contribuindo para a elucidação dos fatos”, afirmou Armando Gurgel Maia.
Além das prisões, durante a execução da operação, que contou com o reforço de policiais civis, foram apreendidos equipamentos eletrônicos que, segundo o MP, são fundamentais para rastrear a movimentação financeira ilícita.
“Foram coletados elementos digitais importantes para comprovar a criação fraudulenta de contas e a transferência de valores de forma eletrônica”, completou o promotor.
A investigação também aponta a prática de crimes como extorsão mediante sequestro, falsidade documental, estelionato e lavagem de dinheiro. O grupo investigado seria responsável por abrir contas em nomes de terceiros, muitas vezes também vítimas.