Os senadores da bancada do Amazonas aprovaram um requerimento, nesta terça-feira (16/09), pedindo informações sobre quem autorizou a realização da operação Boiuna, que destruiu com bombas mais de 80 dragas de garimpo ilegal no rio Madeira, entre os municípios de Manicoré, Humaitá e Porto Velho, em Rondônia. Além disso, a Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) prometeu dar suporte legal às famílias proprietárias que se sentirem vítimas de ação policial truculenta.
“Nosso olhar está voltado, acima de tudo, para as pessoas. Crianças em pânico, idosos em situação de vulnerabilidade, pessoas com deficiência e famílias inteiras que têm sofrido as consequências diretas do uso de explosivos nas operações, que provocam medo, deslocamentos forçados, destruição de moradias, interrupção das aulas e graves impactos à rotina e à saúde da população ribeirinha”, destacou nota oficial da DPE-AM, que acionou a unidade de Humaitá para defender os direitos das pessoas afetadas pela ação policial.
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Na sessão desta terça-feira (16), o senador Plínio Valério (PSDB) aprovou um requerimento na Comissão de Infraestrutura solicitando informações sobre o resultado da operação, quem a autorizou e quantas pessoas foram presas, uma vez que a Polícia Federal alegou que as balsas são financiadas pelo narcotráfico.
Plínio contou com o reforço de Omar Aziz (PSD), que subscreveu o requerimento e ameaçou paralisar o processo de privatização da hidrovia do rio Madeira, um dos projetos mais importantes tocados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Omar também cobrou diretamente o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, sobre a modo como a operação foi executada, que na opinião dele foi truculenta contra pessoas pobre que vivem do garimpo artesanal.
Plínio disse que a operação era uma vitrine para o Governo Federal apresentar na COP-30, que será realizada em Belém, em novembro, como se o ele estivesse combatendo o narcotráfico e o garimpo ilegal no rio Madeira, mas que na verdade era um ataque a pessoas pobres que moram em balsas e vivem do extrativismo artesanal há décadas.
