A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) de Manaus ouviu, na quinta-feira (31), um vigilante, último a ter contato com a adolescente Izabele Dinelly, de 15 anos, que foi encontrada morta. O depoimento do homem foi tomado no âmbito da investigação sobre o desaparecimento e posterior morte da jovem, que estava desaparecida desde a noite de sexta-feira (25).
Segundo o advogado do vigilante, ele e Izabele se conheciam desde a cidade de Maués, onde nasceram. A defesa informou que o homem desconhecia a idade da adolescente, pois ela sempre se apresentou como maior de idade. Durante o depoimento, o homem detalhou o último encontro com Izabele. Ele contou que, após consumirem bebidas alcoólicas juntos em uma conveniência, a jovem pediu para ser deixada nas proximidades de uma faculdade no bairro Santo Agostinho, alegando que iria se encontrar com um namorado.
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O vigilante afirmou que, como tinha plantão no dia seguinte, não poderia acompanhá-la mais adiante. Segundo ele, Izabele então pegou um carro por aplicativo, e ele seguiu para sua casa. A corrida foi registrada no histórico do vigilante. Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem caminhando por volta da meia-noite e 15, aparentemente com dificuldades de locomoção.
Izabele foi encontrada mais tarde, já com sinais de tortura, na Rua Manaus. Ela foi levada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia ainda investiga as circunstâncias da morte, mas o advogado do homem afirmou que as evidências, incluindo a localização e mensagens trocadas no WhatsApp, descartam qualquer envolvimento direto do vigilante no crime. A investigação segue para identificar os responsáveis pela morte da adolescente.