O Ministério Público Federal (MPF) recomendou, nesta sexta-feira (15), que órgãos ambientais e de segurança atuem na destruição ou inutilização de embarcações e equipamentos usados na atividade de garimpo ilegal no Rio Madeira. A medida deve ser cumprida no prazo de até 10 dias e abrange o trecho entre os municípios de Novo Aripuanã (AM) e Calama (RO).
A recomendação foi assinada pelo procurador da República André Luiz Porreca Ferreira Cunha e encaminhada a instituições como o Ibama, ICMBio, Ipaam, Polícia Federal, Marinha e polícias militares dos estados do Amazonas e Rondônia.
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De acordo com levantamento do Greenpeace, aproximadamente 130 dragas operam irregularmente na região. O MPF orienta que os equipamentos sejam destruídos no local quando a remoção não for viável, e que os responsáveis sejam detidos em flagrante, impedindo que permaneçam como depositários dos bens apreendidos.
Além da ação imediata, o MPF estipulou um prazo de 15 dias para que os órgãos envolvidos apresentem um plano emergencial de fiscalização. Esse plano deverá incluir a instalação de bases fixas e o desenvolvimento de ações conjuntas para prevenir novas atividades ilegais e garantir a proteção de comunidades indígenas e ribeirinhas da área afetada.