Moradores do ramal do Brasileirinho, localizado no bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus, interditaram a via na manhã desta terça-feira (26) em protesto por melhorias na infraestrutura. O grupo utilizou pneus em chamas para bloquear o acesso, cobrando a presença de autoridades e exigindo o asfaltamento completo do trecho.
De acordo com os manifestantes, a falta de condições adequadas de tráfego tem dificultado a mobilidade de veículos e pedestres, especialmente em períodos de chuva, quando a via se torna quase intransitável. O protesto foi iniciado por volta das 8h e reuniu moradores da região que pedem providências imediatas para o ramal.
Até o último balanço, não havia registro de feridos ou prisões durante o ato. A manifestação provocou congestionamento em parte da área, já que o ramal é utilizado por trabalhadores e estudantes que residem na região.
Divergência sobre responsabilidade
Em nota oficial, a Prefeitura de Manaus informou que a obra no ramal do Brasileirinho já foi licitada e está sob responsabilidade do Governo do Amazonas, o que a impede de realizar intervenções diretas. “A gestão municipal reforça que permanece à disposição para colaborar dentro dos limites legais e reafirma o compromisso de continuar trabalhando diariamente para garantir melhorias de infraestrutura em todas as áreas de competência da Prefeitura de Manaus”, destacou o comunicado.
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O Governo do Amazonas, por sua vez, rebateu a declaração e afirmou que a manutenção de vicinais e ramais é de competência primária da administração municipal. “Conforme determinado pelo artigo 8º, inciso XIX, alínea ‘d’, da Lei Orgânica, que constitui a Lei Fundamental do Município de Manaus, a construção e conservação de estradas vicinais e ramais são de competência primária do município de Manaus”, disse em nota.
Impasse sobre o ramal
O protesto desta terça-feira evidencia o impasse entre as esferas municipal e estadual sobre a responsabilidade pela execução da obra no ramal do Brasileirinho. Enquanto moradores aguardam a solução para o asfaltamento, a via segue em condições precárias, gerando transtornos e sendo alvo constante de reivindicações da comunidade.
Com a interdição, os moradores reforçam a cobrança por melhorias e pressionam para que a definição de responsabilidades entre os órgãos públicos resulte em ações concretas que atendam às demandas da população local.