O volume de recursos esquecidos pelos clientes em instituições financeiras brasileiras atingiu R$ 10,56 bilhões até junho deste ano, segundo balanço divulgado pelo Banco Central (BC). Em janeiro, o montante registrado era de R$ 9 bilhões.
Do total, R$ 8,03 bilhões pertencem a 48,2 milhões de pessoas físicas, enquanto R$ 2,53 bilhões correspondem a 4,43 milhões de empresas. O sistema do BC permite que clientes — inclusive falecidos, no caso de herdeiros ou representantes legais — consultem se deixaram valores em bancos, consórcios ou outras instituições financeiras.
Embora o prazo oficial para resgatar os recursos tenha sido 16 de outubro de 2024, o Ministério da Fazenda informou que não há limite para a devolução, permitindo que clientes continuem a solicitar os valores. A consulta e o pedido de devolução devem ser feitos exclusivamente pelo site https://valoresareceber.bcb.gov.br.
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Para receber os recursos, o cliente deve fornecer uma chave PIX. Caso não tenha, é possível criar uma ou entrar em contato direto com a instituição. No caso de valores de pessoas falecidas, apenas herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais podem solicitar a devolução, mediante preenchimento de um termo de responsabilidade.
Em maio, o BC implementou a solicitação automática de resgate, que permite que os recursos sejam creditados diretamente na conta do cidadão que possui chave PIX do tipo CPF, sem a necessidade de consultas periódicas.
Entre os valores que podem ser recuperados estão saldos de contas-correntes e poupanças encerradas, cotas de cooperativas de crédito, recursos não procurados de consórcios, tarifas cobradas indevidamente e saldos de contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas, entre outros.