O cacique Jamil, liderança da comunidade indígena Rio Tumiã, no município de Lábrea (AM), foi atacado por uma onça na manhã desta quarta-feira (20), enquanto caminhava em área de floresta próxima à aldeia. O episódio mobilizou moradores locais e equipes de resgate aéreo para garantir atendimento imediato ao indígena.
Segundo relatos de profissionais de saúde que participaram do atendimento, Jamil sofreu ferimentos graves na cabeça, tórax e perna. Ele foi levado de helicóptero até o hospital da sede de Lábrea, onde permanece internado em estado estável. “Ataque de onça hoje pela manhã numa comunidade. Ferimentos extensos na cabeça, couro cabeludo, região do tórax e membro inferior. O paciente sobreviveu ao ataque”, informou um dos profissionais envolvidos no resgate.
Resgate aéreo e atendimento médico
De acordo com informações da comunidade, após o ataque, moradores conseguiram afugentar o animal e prestar os primeiros socorros ao cacique. Diante da gravidade dos ferimentos, foi necessário acionar transporte aéreo, viabilizado por equipes locais de apoio emergencial. A transferência por helicóptero permitiu que o paciente chegasse com rapidez ao hospital da cidade, onde passou por avaliação médica e procedimentos para contenção das lesões.
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Imagens divulgadas em redes sociais mostram a dimensão dos ferimentos, sobretudo na região da cabeça, onde cortes profundos exigiram maior cuidado dos profissionais de saúde. Apesar do impacto do ataque, o quadro clínico de Jamil evoluiu de forma positiva nas primeiras horas após o atendimento.
Contexto e ocorrências semelhantes
Esse não é o primeiro registro de ataques envolvendo onça em comunidades do Amazonas. Animais da espécie já foram flagrados em estradas e áreas de mata próximas a cidades como Parintins, especialmente durante períodos de maior deslocamento da fauna em busca de alimento. Especialistas apontam que o avanço humano sobre áreas de floresta pode aumentar as chances de encontros entre moradores e grandes felinos, resultando em situações de risco.
O caso reacende o alerta para a convivência entre comunidades ribeirinhas, indígenas e a fauna local, que compartilham territórios às margens dos rios e igarapés da região amazônica. Autoridades locais devem acompanhar a recuperação do cacique e avaliar medidas de prevenção a novos incidentes.
Atualmente, Jamil segue sob cuidados médicos no hospital de Lábrea, com monitoramento constante da equipe de saúde. A expectativa é de que ele permaneça em observação nos próximos dias até apresentar condições de alta.