A Câmara Municipal de Manaus (CMM) realizou, nesta terça-feira (8/7), a última sessão plenária antes do recesso parlamentar. A reunião durou apenas quatro minutos, encerrando oficialmente os trabalhos legislativos do primeiro semestre com mais de uma semana de antecedência do início do recesso formal, previsto para começar no próximo dia 16 de julho.
Apesar de constar como sessão ordinária, a atividade contou com uma participação mínima dos parlamentares. Apenas um vereador utilizou a tribuna durante o “grande expediente”, espaço destinado a discursos e debates: Zé Ricardo (PT). O momento de fala durou 19 minutos. O presidente da Casa, vereador David Reis (Avante), não compareceu. A sessão foi conduzida pelo vice-presidente, Jander Lobato (PSD).
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Com a antecipação do encerramento dos trabalhos, os vereadores de Manaus iniciam um período estendido de férias. Embora o recesso legislativo esteja previsto oficialmente para meados de julho, manobras regimentais conhecidas como “sessões compensatórias” foram utilizadas para esvaziar a agenda da Casa com antecedência. Sessões extraordinárias realizadas em junho serviram como justificativa para eliminar reuniões futuras, como as que ocorreriam nos dias 14 e 15 de julho.
Na prática, o Plenário Adriano Jorge, sede das deliberações da CMM, permanecerá fechado por mais de um mês. A previsão de retorno das atividades legislativas é apenas para a segunda semana de agosto, no dia 4, uma segunda-feira. O dia 1º, que cairá em uma sexta-feira, não costuma ter sessões programadas, seguindo tradição da Casa.
Cada um dos 41 vereadores segue recebendo seus vencimentos normalmente durante o período. Os salários mensais são de R$ 26 mil, além de verbas indenizatórias no valor de R$ 33 mil, assessores e outras prerrogativas funcionais.
Com a pausa antecipada, a Câmara interrompe suas atividades legislativas em um momento em que a cidade enfrenta desafios como alagamentos, problemas na saúde pública, dificuldades no transporte coletivo e questões orçamentárias. As férias parlamentares, embora legalmente previstas, foram iniciadas de forma informal e ampliada por mecanismos internos, estendendo o tempo de afastamento dos parlamentares das sessões plenárias e dos debates públicos.
