Foi preso neste domingo (27), em Tabatinga (AM), o quarto policial militar suspeito de envolvimento no estupro de uma mulher indígena de 29 anos, pertencente à etnia Kokama. O crime chocou a população local e está sendo investigado pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Ao todo, seis agentes de segurança pública são alvos da investigação: cinco policiais militares e um guarda municipal. Com a prisão realizada neste domingo, quatro PMs e o guarda municipal já estão sob custódia. Um quinto policial militar continua foragido, mas, segundo o MPAM, deve se apresentar em breve. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
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As prisões começaram a ser efetuadas no sábado (26), após a Justiça acatar os pedidos apresentados pela Procuradoria-Geral de Justiça no âmbito do Procedimento Investigatório Criminal (PIC), instaurado ainda na sexta-feira (25). As ordens de prisão foram expedidas pelo juiz Édson Rosas.
O processo corre em segredo de Justiça para garantir a segurança da vítima e assegurar a integridade das investigações. A vítima é uma mulher indígena da etnia Kokama, o que torna o caso ainda mais sensível, dada a condição de vulnerabilidade histórica enfrentada por povos originários na região amazônica.
As autoridades reforçaram o compromisso com a responsabilização dos envolvidos e prometeram rigor na condução das investigações. O caso tem mobilizado organizações indígenas e de direitos humanos, que exigem justiça e medidas eficazes para coibir a violência contra mulheres, especialmente em territórios indígenas.