Com o objetivo de combater o desmatamento ilegal e garantir a origem rastreável da madeira extraída no estado, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) tem intensificado a fiscalização da cadeia produtiva florestal por meio do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor). A ferramenta, operada pelo Ipaam por meio do Projeto Sinaflor em parceria com a Aadesam, acompanha todas as etapas da exploração florestal — do licenciamento até o transporte da madeira.
Integrado ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), ao Documento de Origem Florestal (DOF), ao CTF e ao ADA, o Sinaflor proporciona rastreabilidade total dos produtos. “Cada metro cúbico é monitorado desde a origem até o destino final, o que eleva a transparência e dificulta práticas ilegais”, destaca Gustavo Picanço, diretor-presidente do Ipaam.
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A fiscalização é realizada com apoio do Ibama e do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb). Para garantir mais segurança, desde julho de 2025, o sistema exige o uso de certificado digital tipo A3 para acesso.
Empresas ou pessoas que atuam fora da legalidade estão sujeitas a punições severas, incluindo multas de até R$ 300 por metro cúbico de madeira irregular e R$ 10 mil por hectare desmatado ilegalmente. Além das penalidades financeiras, os infratores podem sofrer apreensões de carga e responder criminalmente.
O Projeto Sinaflor também oferece suporte técnico aos empreendedores e orientações sobre o processo de licenciamento. Para iniciar a atividade, é necessário comprovar a posse da terra e solicitar a Autorização Prévia para Análise Técnica (Apat). Após a aprovação do plano de manejo, o DOF é emitido, funcionando como o “CPF da madeira”.
Denúncias sobre irregularidades podem ser feitas de forma anônima pelo WhatsApp da Gerência de Fiscalização Ambiental (Gefa), no número (92) 98557-9454.