O município de Manaquiri, no interior do Amazonas, foi cenário de um esquema de fraude bancária que resultou em um prejuízo superior a R$ 394 mil. O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da Promotoria de Justiça de Manaquiri, ofereceu denúncia criminal contra dois ex-funcionários de uma agência bancária local, acusados de furto qualificado com abuso de confiança. A ação foi protocolada na Vara Única da Comarca de Manaquiri em 5 de julho de 2025.
Segundo a denúncia, os acusados ocupavam cargos de gerente administrativo e gerente de negócios na unidade e teriam utilizado suas credenciais para abrir contas bancárias de forma fraudulenta. Entre as irregularidades apontadas estão a solicitação indevida de resgates de previdência privada, a criação de limites de crédito não autorizados e a alteração de dados cadastrais em nome de terceiros. Uma das contas foi aberta sem o conhecimento do titular, que apresentou provas de que não reconhecia as movimentações.
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As investigações revelaram ainda que a atuação dos envolvidos extrapolou os limites de Manaquiri. Pelo menos três contas fraudulentas também foram identificadas em agências bancárias localizadas em municípios do Estado de São Paulo e em outras cidades do Amazonas. Em todos os casos, os suspeitos teriam alterado dados como senhas e números de telefone para acessar os valores e realizar os desvios.
Durante o processo interno de apuração, um dos ex-funcionários admitiu participação no esquema. O outro, por sua vez, negou envolvimento. O MPAM informou que um dos denunciados está em local incerto e não sabido, razão pela qual foi solicitado à Justiça o decreto de prisão preventiva.
A denúncia foi apresentada pelo promotor de Justiça Caio Lúcio Fenelon Assis Barros, com base no artigo 155, § 4º, incisos II e IV do Código Penal, que trata do crime de furto qualificado. A Defensoria Pública do Estado foi acionada para garantir a defesa dos acusados, já que não há advogado constituído nos autos.
O caso segue em tramitação na Justiça estadual.