A PolĂcia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Ordem PolĂtica e Social (Deops), divulgou nesta terça-feira (03/06) imagens de duas pessoas desaparecidas em Manaus: Rita Ribeiro Portela, de 59 anos, e Francisco Viana, de 75 anos. Ambos sumiram em datas e regiĂ”es diferentes da capital amazonense.
Rita foi vista pela Ășltima vez no sĂĄbado, 31 de maio, por volta das 19h, ao sair de sua residĂȘncia no bairro Novo Aleixo, zona norte, com destino a uma unidade hospitalar na avenida Autaz Mirim, zona leste. Desde entĂŁo, a famĂlia nĂŁo teve mais notĂcias.
JĂĄ Francisco Viana desapareceu na segunda-feira, dois de junho, por volta das 7h, na rua Luiz Antony, bairro Centro, zona sul de Manaus. Ele nĂŁo foi mais localizado.
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A PC-AM reforça que nĂŁo Ă© necessĂĄrio aguardar 24 horas para registrar o desaparecimento de uma pessoa. O procedimento pode ser feito em qualquer delegacia, com documentos pessoais e informaçÔes detalhadas sobre o Ășltimo local em que a pessoa foi vista, suas caracterĂsticas fĂsicas e uma foto recente.
A colaboração da população Ă© fundamental para localizar os desaparecidos. InformaçÔes podem ser repassadas pelos telefones (92) 3667-7713, da Deops, ou pelo 181, da Secretaria de Segurança PĂșblica (SSP-AM). A identidade do informante serĂĄ mantida em sigilo.
Como agir em desaparecimentos
Os casos de desaparecimentos em Manaus acontecem de forma recorrente e crescente, com cada desaparecido possuindo sua histĂłria e motivação, levando a processos investigativos diferentes do usual. Em razĂŁo disso, a PolĂcia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Ordem PolĂtica e Social (Deops), esclarece qual a atuação da polĂcia a partir do momento em que um Boletim de OcorrĂȘncia (BO) Ă© registrado.
A delegada Catarina Torres, titular da Deops, tem 32 anos na PolĂcia Civil do Amazonas, destes, 14 sĂŁo no comando da unidade especializada. Ela desenvolve junto Ă sua equipe as atribuiçÔes inerentes Ă unidade policial, dentre elas, a procura de pessoas desaparecidas. De acordo com a autoridade policial, o BO sobre pessoas desaparecidas deve ser realizado a partir do momento em que a famĂlia ou colegas sentem falta do indivĂduo.
âNĂŁo existe um tempo mĂnimo para registro, como Ă© comumente informado por populares. Na maioria das vezes, os familiares ou amigos jĂĄ procuraram em lugares que a pessoa geralmente frequenta como, por exemplo, casa de amigos, parentes ou em seu local de trabalho, assim, sendo notada a irregularidade na rotina, independentemente do tempo, jĂĄ pode se direcionar Ă delegaciaâ, explicou a delegada.
Catarina orienta que o primeiro procedimento Ă© registrar o BO, pois assim a equipe estĂĄ respaldada a iniciar os processos de investigação dessas pessoas. A delegada aponta, ainda, que quanto mais rĂĄpido for feita a denĂșncia, mais rĂĄpida serĂĄ a atuação da polĂcia.
âQuando o comunicante comparece Ă Delegacia, sempre solicitamos uma foto, de preferĂȘncia recente, pois a primeira providĂȘncia Ă© a divulgação pela imprensa, ainda com as melhores informaçÔes possĂveis sobre esses desaparecidos, sem ocultar informaçÔes por quaisquer motivos, pois a partir daĂ o trabalho de localização se torna mais fĂĄcilâ, reforça a autoridade policial.
A titular da Deops aponta que cada caso possui suas particularidades, e as investigaçÔes sĂŁo feitas de forma singular, a partir disso, serĂĄ traçada uma linha investigativa que vai nortear a localização do indivĂduo.
Em casos de Pessoas com DeficiĂȘncia (PcD) o processo se torna mais difĂcil, pois com o passar dos dias seus cabelos e barba crescem, o fĂsico muda e isso leva Ă uma dificuldade maior de reconhecimento por meio das fotografias divulgadas. âQuando sĂŁo crianças e adolescentes de atĂ© 17 anos, os casos sĂŁo de competĂȘncia da Delegacia Especializada em Proteção Ă Criança e ao Adolescente (Depca)â, informou