Um professor de jiu-jítsu, de 25 anos, foi preso na tarde desta terça-feira (10/06) após ser acusado de abuso sexual e importunação sexual de crianças com idades entre 7 e 11 anos, no município de Humaitá (distante 590 quilômetros de Manaus). Os crimes, segundo a Polícia Civil do Amazonas, ocorriam tanto de forma individual quanto coletiva, e em algumas ocasiões, o suspeito obrigava outros alunos a assistir o crime.
A prisão foi realizada no bairro Centro, onde o homem mantinha uma academia de jiu-jítsu que funcionava dentro da própria residência. De acordo com a delegada Wagna Costa, titular da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Humaitá, as investigações começaram após denúncias feitas por mães das vítimas, que procuraram a delegacia preocupadas com o comportamento dos filhos.
Durante escutas especializadas, os meninos — todos do sexo masculino — relataram com detalhes os episódios eram praticadas pelo professor de jiu-jítsu. Segundo os depoimentos, além das agressões, o suspeito também tentava impedir que os abusos fossem denunciados, pedindo aos alunos que não contassem o que acontecia dentro da academia.
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O delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior, destacou que o professor se aproveitava da autoridade que exercia sobre os alunos e da vulnerabilidade social de algumas das crianças. “Algumas vítimas viviam em situação de fragilidade e até dormiam na casa do suspeito, o que facilitava os crimes”, afirmou.
As agressões ocorriam com frequência no local onde os treinos eram realizados, e as investigações ainda estão em andamento para identificar possíveis novas vítimas. A polícia também apura se havia conivência de terceiros ou negligência na supervisão da academia.
As autoridades orientam pais e responsáveis a denunciarem qualquer atitude suspeita que envolva menores, reforçando que canais como o Disque 100 estão disponíveis para denúncias anônimas. Mais informações sobre o andamento do caso serão divulgadas nos próximos dias pela Polícia Civil do Amazonas.