Mais de 100 internações foram registradas nos hospitais de Manaus por conta de vírus de gripe que evoluíram para Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), entre 27 de abril a 24 de maio. Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS) e mostram que as hospitalizações apresentaram uma redução de 56% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 269 internações.
De 1º de janeiro a 24 de maio deste ano, foram registradas 596 hospitalizações por SRAG associada a vírus respiratórios, o que representa uma redução de 30% no número de hospitalizações em comparação ao mesmo período de 2024, quando ocorreram 855 casos de hospitalizações.
O monitoramento da FVS foi divulgado nesta terça-feira (10/06) e aponta o perfil de circulação viral com predomínio de vírus como influenza A e B, além de rinovírus nas últimas semanas.
A circulação desses vírus de gripe segue o padrão sazonal do Amazonas, especialmente entre crianças e idosos, considerados integrantes de grupos mais vulneráveis, o que reforça a importância das medidas de prevenção, como a vacinação.
Conforme o levantamento, de 27 de abril a 24 de maio, o vírus influenza A foi o mais identificado em amostras analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), com 46%, seguido por rinovírus (38%) e influenza B (10%).
Esse tipo de infecções para vírus respiratórios tem ocorrido especialmente entre crianças menores de cinco anos, que representaram 40% das amostras laboratoriais analisadas pelo Lacen-AM, o que reforça a importância de manter medidas preventivas, como a vacinação para influenza, além de covid-19. Ambas estão disponíveis na rede pública de saúde gratuitamente.
“O monitoramento permite orientar ações estratégicas e à população, de forma geral, no intuito de minimizar impactos e fortalecer a proteção”, ressalta a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, acrescentando que o cenário atual reforça a necessidade de atenção contínua com busca pela atualização do esquema vacinal.[
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Unidades de saúde preparadas para atender casos de gripe
A rede estadual conta com 17 unidades de referência para atender a população, com equipes capacitadas para prestar total assistência. De acordo com a Secretaria de Saúde, são consideradas estratégias essenciais no controle de SRAG nas unidades de saúde a triagem de sintomáticos respiratórios, testagem rápida para diagnóstico de covid-19, exames laboratoriais para identificação de outros vírus, exames de imagem e tratamento conforme o quadro clínico do paciente.
Estratégias como o programa Alta Oportuna, implantado nos prontos-socorros infantis, são exemplos de ações que vêm contribuindo com o maior controle de situações de gripes e outros vírus respiratórios. A medida, que consiste em entregar aos pais o kit de medicamento e orientações para o tratamento em casa, após a alta hospitalar, não só vem ajudando a evitar que a criança retorne ao hospital, como também ajuda a desafogar a rede de urgência e emergência.
O atendimento inicial às síndromes gripais deve ser buscado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em casos mais graves, buscar atendimento hospitalar.