Três indústrias de cerâmicas que operavam sem licença ambiental ao longo da Rodovia AM-070, na Região Metropolitana de Manaus, foram embargadas em uma ação do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), em parceria com o Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (BPAmb), na última quarta-feira (30/04). As multas aplicadas às empresas somaram R$ 502.500,00.
Uma das empresas autuadas está localizada no município de Manacapuru, a 68 km da capital, e também foi penalizada por descumprimento de um embargo anterior. A operação também resultou na demolição de três estruturas irregulares construídas por invasores dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, especificamente na área do Ramal Uga-Uga.
Segundo o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, a equipe apreendeu uma motosserra e diversas ferramentas usadas na montagem dos barracos. Nenhum responsável foi encontrado no local. “A invasão de Unidades de Conservação é crime ambiental, conforme estabelecido pela Lei de Crimes Ambientais nº 9.605/1998 e pela Lei do SNUC (nº 9.985/2000)”, destacou Picanço.
LEIA TAMBÉM: Frigoríficos compravam gado de áreas embargadas por desmatamento no AM
A Gerência de Fiscalização do Ipaam (Gefa) enfatizou que a ação busca preservar a integridade ecológica da RDS do Rio Negro e proteger os modos de vida das comunidades tradicionais que utilizam os recursos naturais de forma sustentável. “Estamos reforçando o compromisso com o cumprimento da lei e a conservação do meio ambiente”, afirmou o analista ambiental Marcelo Barroncas.
A RDS do Rio Negro é uma unidade de conservação voltada para o uso sustentável, e sua ocupação irregular representa uma ameaça à biodiversidade e à segurança das populações locais. Desmatamento, caça ilegal, pesca predatória e poluição estão entre os riscos associados a essas invasões.
O Ipaam incentiva a população a denunciar crimes ambientais por meio do WhatsApp (92) 98557-9454. As fiscalizações serão intensificadas em todo o estado, com foco na proteção da Amazônia e no combate às atividades ilegais que ameaçam o patrimônio ambiental.
