A queda é um problema de saúde pública entre idosos. A perda de mobilidade e a ausência de equipamentos de segurança expõem a terceira idade. Todo cuidado é pouco. Além de lesões graves, acidentes desse tipo podem causar a morte.
Os maiores riscos associados às quedas são para os idosos com idade acima de 80 anos, imobilidade, sexo feminino, fraqueza do aperto de mão, equilíbrio diminuindo, dano cognitivo, doença de Parkinson, entre outros.
Conforme o Instituto Nacional de Traumatismo e Ortopedia, do Ministério da Saúde, estima-se que há uma queda para um em cada três indivíduos com mais de 65 anos e que um em vinte daqueles que sofreram uma queda tenham uma fratura ou necessitem de internação.
Dentre os mais idosos, com 80 anos ou mais, 40% cai a cada ano. Dos que moram em asilos e casas de repouso, a frequência de quedas é de 50%. Para evitar esses acidentes é preciso ter o senso de capacidade funcional.
Comportamentos que apresentam risco, ambientes inseguros, escadas e até mesmo pequenas dobras de tapete ou fios no chão de casa são alguns dos inimigos. Idosos fragilizados caem durante atividades rotineiras. As quedas acontecem quando eles escorregam, tropeçam, pisam em falso, gerando desequilíbrio.
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Cuidadora dos pais de 92 e 93 anos, Cláudia Pedraça explicou que a casa onde os idosos moram não podem ter obstáculos.
“A adaptação da casa foi acontecendo a medida em que houve a necessidade de ter. Eu já participei de seminários sobre cuidados com idosos, e assim tive contato com asilos, pesquisas em campo. Diante dos conhecimentos adquiridos, comecei a observar que os meus pais conseguia identificar tudo que era necessário. Eu fui observando e vi que o banheiro já se tornava longe, que a mamãe estava com problema de joelho. Então, conversei com meus irmãos e resolvemos a partir da contribuição de todos fazer o banheiro adaptado para eles. Escolhemos piso antiderrapante, as barras de apoio para eles se segurarem dentro do banheiro para ter melhor segurança”, ressaltou.
Além disso, ela explica que o uso de tapetes em casa pode atrapalhar a locomoção dos idosos que costumam arrastar os pés, isso pode gerar uma queda.
“A ideia da barra nas paredes veio depois de um acidente, quando a mamãe foi ao banheiro. Ao voltar do banheiro para a cama ela se desequilibrou e caiu, e aí foi quando nos apressamos o pedido do corrimão”, finalizou a cuidadora.
A principal forma de tratamento é a prática de exercícios, com duração de 10 semanas a 9 meses. Estudos apontam que há uma redução em 10% da probabilidade de queda entres os que se exercitam em comparação com sedentários. Além do treinamento específico para equilíbrio.
Como evitar esse acidentes como queda entre idosos
- Em casa, coloque antiderrapantes em escadas e pisos escorregadios, barras de apoio e corrimão em banheiros e escadas;
- Tenha um cuidado maior quando o piso estiver molhado;
- Atenção no caminho. Cuidado com buracos ou desníveis na rua;
- Não tenha pressa para entrar ou sair de ônibus ou carros e nunca atravesse a rua correndo.