A equipe de reportagem do Segundo a Segundo recebeu, esta semana, uma série de fotos da situação da infraestrutura no bairro Tarumã, na Zona Oeste de Manaus, e ouviu moradores das ruas Praia Canoa Quebrada, Praia do Mosqueiro, Praia de Jericoacoara, onde a população reclama da ausência de recapeamento e de coleta de lixo.
No final do ano passado, a Prefeitura de Manaus prorrogou contratos de R$29,2 milhões para o programa “Asfalta Manaus” e publicou o aditivo no Diário Oficial do Município do dia 21 de novembro, porém o que se vê na região são ruas praticamente sem condições de tráfego.
A dona de casa Maria Estela, de 58 anos, que mora na rua Praia Canoa Quebrada, disse que o bairro está há anos nessas condições. “Eu não sei qual a dificuldade de ser recolher o lixo e asfaltar nossas ruas. Também pagamos impostos”, disse.
Pelo contrato mais recente, a gestão David Almeida vai gastar, por meio da Seminf, um total de R$16,5 milhões com os serviços da JC Construções e Terraplanagem Ltda, de CNPJ nº 32.137.147/0001-14.
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No Tarumã, o aposentado Marcos Holanda, 75 anos, disse que tem dificuldades de ir até a parada de ônibus, saindo pela rua Praia de Jericoacoara. “Outro dia quase caí num buraco. Queria muito que a Prefeitura olhasse para nosso bairro”.
Nossa equipe de reportagem solicitou um posicionamento da Prefeitura de Manaus sobre as condições precárias das ruas. Até a publicação desta matéria não obtivemos resposta, mas o espaço segue aberto.
Além da buraqueira, as fotos mostram lixo acumulado nas esquinas. Nossa equipe também solicitou nota da Semulsp, mas não obteve nenhuma resposta sobre os motivos de tanto lixo nas ruas, o que prejudica a passagem de pedestres, carros e coloca em risco a saúde dos moradores.
“Ano passado eu paguei mais de 1 mil reais de IPTU, e toda vez que chove corre esgoto na minha porta. Os políticos só se lembram do Tarumã de dois em dois anos, nas eleições. É por isso que eu não voto mais em nenhum”, desabafou a merendeira Vilma de Lima, de 34 anos.

