Uma enfermeira foi identificada como possível cúmplice da ‘falsa médica’ Sophia Livas de Morais Almeida, suspeita de envolvimento nas fraudes praticadas pelo uso ilegal da atividade médica, foi interrogada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) na manhã desta quinta-feira (22). A profissional poderá ser indiciada por organização criminosa, falsidade ideológica e furto qualificado, ao ser cumplice dos crimes em que Sophia está sendo acusada.
A informação foi passada pelo delegado titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (1º DIP) que realiza a apuração do caso. As acusações feitas através de um inquérito policial destacam o uso de documentos falsificados, prescrição irregular de medicamentos controlados e exercício ilegal da medicina, com foco em atendimentos a crianças e gestantes.
LEIA TAMBÉM: Justiça do AM mantém prisão de ‘falsa médica’ que atendia crianças
Segundo o delegado Cícero Túlio, durante o interrogatório, a enfermeira afirmou ser uma das vítimas da suposta médica. No entanto, a investigação da PC-AM aponta o contrário. De acordo com as autoridades, a quebra do sigilo telefônico da falsa médica Sophia Almeida revelou indícios da participação direta da enfermeira na obtenção e facilitação de acesso a atestados médicos falsos. O que indica que ela é cúmplice das atuações de Sophia como ‘falsa médica’.
“Ela foi chamada à nossa unidade policial para prestar esclarecimentos em virtude das análises preliminares que foram realizadas no conteúdo do aparelho telefônico da Sophia. Foi possível coletar conversas entre elas, que levam a sua participação, sobretudo, na entrega de atestados médicos falsos de uma clínica onde a suspeita trabalhava”, explicou o delegado Cícero Túlio, titular do 1° DIP.
Na última quarta-feira (22) a Justiça do Amazonas decidiu pela manutenção da prisão de Sophia Livia de Moraes Almeida. Ela foi presa em uma academia em Manaus na última segunda-feira (19).