A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (13/05) a Operação Face Off para desarticular uma associação criminosa especializada em fraudar contas digitais vinculadas à plataforma Gov.br.
Em nota, a corporação informou que o grupo utilizava técnicas avançadas de alteração facial para burlar sistemas de autenticação biométrica.
“As investigações revelaram que os criminosos simulavam traços faciais de terceiros para obter acesso indevido às contas digitais das vítimas, assumindo o controle total dos perfis e, consequentemente, de serviços públicos e informações pessoais sensíveis.”
Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Brasília, nos seguintes estados: São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins.
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De acordo com a PF, os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático qualificada e associação criminosa.
Rede recupera contra golpes e golpistas
A Polícia Federal lança nesta terça-feira (13/5), durante o III Encontro Nacional da Rede Recupera, em Fortaleza (CE), o Recuperômetro – uma ferramenta desenvolvida pela instituição para consolidar dados estratégicos sobre a recuperação de ativos ilícitos e a descapitalização de organizações criminosas. A iniciativa reforça o papel da PF no enfrentamento qualificado ao crime organizado, ampliando a capacidade de monitoramento e gestão dos ativos apreendidos.
O painel organiza as informações em três eixos principais:
- Indicadores nacionais de descapitalização de organizações criminosas, que incluem o total de bens e valores apreendidos em operações policiais coordenadas pela PF;
- Valores destinados ao FUNAPOL, provenientes de alienações antecipadas e definitivas de bens, evidenciando o montante arrecadado e direcionado ao fundo de apoio às atividades da Polícia Federal;
- Modelagem dos processos de depósito, transferência e gestão dos recursos do FUNAPOL, voltados ao aparelhamento e à modernização das operações finalísticas da instituição.
O painel ficará disponível somente ao público interno da Polícia Federal, mas as informações podem ser repassadas mediante solicitação. Alinhado às diretrizes de descapitalização da DICOR e ao Planejamento Estratégico 2024–2027 da PF, que adota a metodologia OKR (Objectives and Key Results), o Recuperômetro consolida a atuação da Polícia Federal na recuperação de ativos e na desarticulação financeira de organizações criminosas.