Na última semana, durante a realização da Operação Ágata, uma ação coordenada pelo Ministério da Defesa, forças armadas brasileiras e órgãos de fiscalização desmantelaram uma importante rede de garimpo ilegal na Amazônia. A operação, que visa combater atividades ilícitas e promover a proteção ambiental, resultou na destruição de dez dragas utilizadas no garimpo e na apreensão de grandes quantidades de mercúrio — substância altamente tóxica usada no processo de extração de ouro.
No sábado (24), uma das maiores apreensões ocorreu nas margens do Rio Puruê, nas proximidades do Paraná do Cunha, no estado do Amazonas. As equipes de fiscalização encontraram uma estrutura irregular composta por uma draga, um empurrador, uma balsa abastecida com combustível e, o mais alarmante, cerca de 1,154 kg de mercúrio. Além disso, armamentos irregulares também foram localizados no local. Todo o material foi apreendido e destruído de acordo com os protocolos legais, visando interromper o impacto ambiental e humano do garimpo ilegal.
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A operação contou com o apoio de diversos órgãos, como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal (PF), além da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, que deram suporte logístico nas áreas fluviais. A missão também tem como objetivo promover assistência social, já tendo atendido mais de 45 mil pessoas em comunidades indígenas e ribeirinhas. Além dos cuidados médicos, mais de 110 mil medicamentos foram distribuídos em cerca de 50 comunidades, demonstrando o compromisso da operação com o bem-estar das populações locais.
A Operação Ágata, conduzida pelo Comando Conjunto APOENA, reforça o papel do Brasil na preservação da Amazônia, combatendo a exploração ilegal e seus danos ambientais, enquanto leva suporte às comunidades mais isoladas da região.